Futebol

ONU escolhe alagoana Marta para ser embaixadora global da Boa Vontade

Ela deve se dedicar a apoiar o trabalho pela igualdade de gênero e empoderamento das mulheres

Por 7Segundos, com Globo Esporte 12/07/2018 13h01
ONU escolhe alagoana Marta para ser embaixadora global da Boa Vontade
Jogadora Marta - Foto: FIFA.com

Ela nasceu em Dois Riachos, uma pequena cidade do Sertão de Alagoas, e ganhou o mundo através do futebol. Eleita a melhor jogadora de futebol do mundo por cinco vezes consecutivas, Marta Vieira da Silva, incrementa mais uma façanha na sua lista de conquistas. A jogadora alagoana foi escolhida pela ONU Mulheres para ser embaixadora global da Boa Vontade para mulheres e meninas no esporte.

O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (12) e ela deve agora se dedicar também a apoiar o trabalho pela igualdade de gênero e empoderamento das mulheres ao redor do mundo.

Durante o anúncio do nome de Marta, Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres, fez a seguinte declaração sobre a camisa 10 da Seleção Brasileira: “Marta Vieira da Silva é um modelo excepcional para mulheres e meninas em todo o mundo. Sua própria experiência de vida conta uma história poderosa do que pode ser alcançado com determinação, talento e coragem. O esporte é uma linguagem universal; nos inspira e nos une, pois amplia nossos limites. Estamos ansiosas para trabalhar de perto com Marta para trazer o poder transformador do esporte para mais mulheres e meninas, e para construir rapidamente a igualdade. Tenho o prazer de recebê-la na família da ONU Mulheres. ”

A jogadora também veste a camisa do Orlando Pride, dos Estados Unidos, onde reside e joga na atualidade.

Igualdade
A luta pela igualdade tem trazido resultados claros dentro do esporte. Em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, 4.700 mulheres – 45% de todos os atletas – disputaram os jogos.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada por lideranças mundiais em 2015, definiu o roteiro para alcançar a igualdade de gênero até 2030 e reconhece o papel importante do esporte. Um ponto de desigualdade evidente ficou por conta das últimas duas edições de Copa masculina e feminina. O pagamento total da última edição feminina foi de US$ 15 milhões, enquanto de US$ 576 milhões para a última edição masculina.