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Concerto ‘Calabar, Herói em busca do Brasil’ acontece neste sábado

A performance concebida por Sebage e com participação de músicos da Orquestra 7 de Setembro, de Porto Calvo, ocorrerá no auditório da prefeitura

Por 7 Segundos com assessoria 21/07/2017 12h12
Concerto ‘Calabar, Herói em busca do Brasil’ acontece neste sábado
Orquestra Sete de Setembro e o cantor Sebage em ensaio ontem (20) - Foto: Divulgação

Neste sábado (22), dentro da programação da “Semana Calabar”, promovida pela Secretaria de Cultura de Porto Calvo, o cantor Sebage e a Orquestra Sete de Setembro apresentam o concerto “Calabar, Herói em busca do Brasil”, com uma seleção de canções e temas instrumentais do musical “Calabar, o Elogio da Traição”, escrita por Chico Buarque e Ruy Guerra em 1973. A performance, que inclui leitura de trechos da peça, ocorrerá a partir das 20h, no auditório da prefeitura.

Com algumas canções censuradas pelo ditadura militar (“Ana de Amsterdã”, “Não existe Pecado ao Sul do Equador”, “Vence na Vida quem diz Sim”), “Calabar, o Elogio da Traição” estreou em 1973. O disco com a trilha sonora foi lançado pela gravadora PolyGram ainda naquele ano.

“Nosso concerto é uma homenagem ao 22 de julho, dia em que o anti-herói Domingos Fernandes Calabar fora executado, isso no ano de 1635. Ele foi garroteado, enforcado, esquartejado, as partes fincadas em postes pela cidade”, narra Sebage, que atendeu ao pedido da secretária de cultura do município, Terezinha da Silva.

“Calabar é um ícone local, mas é, sobretudo, um herói nacional”, explica o cantor e compositor Sebage, responsável, também, pela produção do espetáculo. “Apresentaremos parte da obra musical e teatral de Chico Buarque e Ruy Guerra, demonstrando com isso a força e a importância da nossa própria História.”

De acordo com o artista, o concerto de voz, coro, banda e orquestra “quer trazer de volta, ainda, a beleza e a contemporaneidade das canções de Chico Buarque”. “Clássicos como “Cala a Boca, Bárbara”, “Tatuagem”, “Não existe Pecado ao Sul do Equador”, são relíquias, tesouros da cultura nacional.”

Os músicos da Orquestra Sete de Setembro, Alan Jones (trombone), Evandro Moura (sax alto), Fernando Boulanger e Manoel Maguila (trompetes), Rudy (bateria) e Vinícius José (percussão), atuaram, também, como arranjadores, junto com o guitarrista Sílvio Lima, velho parceiro de Sebage na banda Sangue de Cristo (Maceió, 1987). O saxofonista e cantor do grupo Expresso Latino, Ely Johnson – que nessa empreitada em Porto Calvo tocará contrabaixo –, completa a trupe instrumental. No coro, além dos cantores Wesley e Anderson, o artista maceioense Pc Lamar – que dividirá os vocais de algumas canções com Sebage.

O trombonista Alan Jones deu os primeiros passos na música em Porto Calvo, completando uma formação prática e teórica na tradicional escola de Matriz de Camaragibe. “Foi lá que formei minhas bases na música e criei um gosto pelas belas melodias e grandes autores”, reconhece. Jones escreveu todas as partituras para os metais (sax, trombone e trompete) das oito músicas que compõem o concerto, assinando a direção musical junto com o guitarrista Sílvio Lima.

“Agora é a vez e Chico Buarque”, continua Alan Jones. “É uma honra. Sempre gostei de tocar com músicos de Maceió e todo contato que tive foi com pessoas humildes e sempre atentas a sugestões. dicas entre ensaios e apresentações. Este projeto agrega músicos de diferentes cidades, que não tinham contato algum para fazer música de boa qualidade. Acredito que, com a colaboração de todos, a boa música continuará sendo divulgada e apreciada.”

Segundo Sebage, o “Calabar, Herói em busca do Brasil” seguirá em turnê por outros municípios alagoanos, especialmente na região Norte. “É um trabalho que prevê apresentações em toda nossa Alagoas Boreal, em cidades como Porto de Pedras, Japaratinga e Maragogi”, afirma o artista e produtor.

A performance em Porto Calvo recebe patrocínio da Secretaria de Comunicação do governo do Estado, com apoio da prefeitura de Porto Calvo através da Secretaria de Cultura do município. A Secretaria de Estado da Cultura e a editora Urupema Comunicação e Jornalismo também apoiam o projeto.