Economia

Empresas de ônibus de Maceió pedem aumento na tarifa para R$ 4,02

Sindicato pede um aumento de 15% sobre a atual tarifa cobrada pelas empresas

Por Redação com assessoria 11/01/2018 07h07
Empresas de ônibus de Maceió pedem aumento na tarifa para R$ 4,02
Empresa de transporte público São Francisco - Foto: Internet/Reprodução

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbanos de Passageiros de Maceió (Sinturb) protocolou o pedido de aumento da passagem de ônibus de R$ 3,50 para R$ 4,02. O novo valor foi protocolado na Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Maceió (SMTT). No documento a categoria apresentou dados de 2017 e números que comprovam o prejuízo das empresas com a diminuição de passageiros e aumento do diesel. O reajuste protocolado pede um aumento de 15% sobre a atual tarifa (R$ 3,50) cobrada pelas empresas. 

Os representantes do Sinturb apresentaram em documento, um estudo do cálculo feito por um técnico. Os 3% representam o aumento previsto no contrato da licitação, levando em consideração o Índice Paramétrico de Preços ao Consumidor. Já os outros 12%, são atrelados a perda de passageiros para integração temporal e a concorrência desleal do transporte clandestino (vans, mototáxis, táxis e complementar). Os cálculos mostram que o ideal é R$ 4,02 para a nova tarifa, o que deve cobrir os prejuízos atuais. 

A categoria defende que o novo preço é uma necessidade atual das quatro empresas que compõem a licitação de transporte público de maceió. O reajuste é uma forma das empresas se reequilibrarem economicamente, como prevê o contrato da licitação. O aumento da tarifa, inclusive, consta no contrato assinado pelas empresas em 2014. 

O aumento manterá os postos de trabalho, trará melhoria na qualidade dos veículos e atendimento. Além de evitar também, as possíveis demissões causadas pelo atual prejuízo da perda de passageiros. 

Em 2017 a categoria registou a perda de mais de meio milhão de passageiros. E só nos últimos quatro anos uma queda de 17%, um total de 1.175.035 passageiros a menos. Um prejuízo de mais de R$ 4 milhões mensais para as empresas. 

O sindicato mostra através de dados, que grande parte do declínio, pode ser atrelado ao número de transporte clandestino atuando na cidade de Maceió. Passageiros deixaram de utilizar o transporte legal e passaram a pagar pelo ilegal. 

Também em 2017, o Governo Federal aumentou a tributação do PIS/Confins em torno de 7%, o que impactou no preço do combustível. Em Maceió, por exemplo, as empresas pagavam o valor de R$ 2,30 por litro de diesel no começo do ano, e agora R$ 3,00.

Já no início deste ano, está previsto o reajuste do plano de saúde dos rodoviários. A proposta apresentada pela empresa de saúde está acima da inflação.