Justiça

Caso Vitória: MP denuncia três por sequestro, homicídio e ocultação de cadáver

Vitória Gabrielly foi morta em Araçariguama após sair de casa para andar de patins

Por G1 17/07/2018 10h10
Caso Vitória: MP denuncia três por sequestro, homicídio e ocultação de cadáver
Vitória Gabrielly foi morta após sair para andar de patins - Foto: Reprodução/TV TEM

Ministério Público de São Roque (SP) denunciou, nesta segunda-feira (16), os dois homens e a mulher presos pela morte da adolescente Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, em Araçariguama (SP), em junho. O processo corre pela Vara Criminal da cidade em sigilo de Justiça.

O servente de pedreiro Júlio César Lima Ergesse e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes, todos moradores de Mairinque, devem responder pelos crimes de sequestro qualificado, homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, sem possibilidade de defesa da vítima e ocultação de cadáver.

O MP também pediu a prisão preventiva dos três denunciados. Os réus terão a oportunidade de se defender. Testemunhas devem ser ouvidas pela Justiça, assim como a verificação de provas. Todos podem ir a júri.

Relembre o caso
Vitória Gabrielly desapareceu na tarde do dia 8 de junho, quando saiu para andar de patins, em Araçariguama. Uma câmera de segurança registrou a menina na rua no dia do sumiço.

A adolescente foi encontrada morta oito dias depois, em 16 de junho, em uma mata às margens de uma estrada de terra, no bairro Caxambu.

Segundo a polícia, a garota estava com os pés e as mãos atados e o corpo amarrado a uma árvore. Vitória usava a mesma roupa que vestia no dia em que sumiu e os patins foram encontrados perto do corpo.

A morte da menina comoveu a cidade de Araçariguama, que se mobilizou para encontrá-la. Cerca de duas mil pessoas participaram do enterro.

Investigação
O crime chegou a ser investigado como vingança, mas a principal hipótese era de que a vítima teria sido pega por engano pelos criminosos - o que acabou sendo confirmado após o depoimento de uma testemunha, no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital.

A testemunha, que teve a identidade preservada, afirmou que devia cerca de R$ 7 mil a um traficante e que tem uma irmã com as mesmas características da menina Vitória.