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Imagens de câmeras de segurança e áudios complementam investigação sobre a morte do jogador

A família Brittes aparece nas imagens de um circuito de segurança de um shopping, combinando versão sobre o crime com testemunhas

Por 7Segundos, com iG 12/11/2018 11h11
Imagens de câmeras de segurança e áudios complementam investigação sobre a morte do jogador
A conversa aconteceu na praça de alimentação de um shopping, dois dias depois de Edison espancar e matar o atleta - Foto: Reprodução/TV Globo

O empresário Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel, marcou encontro com três testemunhas para combinar a versão do crime - a conversa aconteceu na praça de alimentação de um shopping de Curitiba, no Paraná, dois dias depois de Edison espancar e matar o atleta.

Cristiana e Allana Brittes, esposa e filha de Edison, respectivamente, também estavam presentes no encontro para tratar o assunto. Elas são suspeitas de participação na morte de Daniel e seguem presas na capital paranaense.

Nas imagens divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, é possível perceber um clima descontraído, com sorrisos, beijos e até almoço. Em alguns momentos, Edison Brittes chega a procurar e observar as câmeras de segurança do shopping.

Áudios

Um áudio inédito gravado pelo jogador Daniel Corrêa na manhã de sua morte veio a público também neste domingo (11). Enviado no dia 27 de outubro, em São José dos Pinhais, o atleta falou a um amigo sobre a festa na casa da família Brittes, onde foi espancado até morrer, em conversa pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, obtida pelo Fantástico.

"Moleque, eu juro para você que eu não tô [sic] muito bêbado. É que a situação é desesperadora. Eu não sei como é a casa que vim parar aqui, mas parece que a casa tem uma coroa dormindo, outra casa tem uma novinha dormindo, o namorado da novinha eu não sei onde está, o marido da coroa eu não sei onde está... Moleque, eu não sei o que faço", disse, em tom de riso, a um amigo não identificado.

O áudio foi enviado para um grupo de conversas que Daniel mantinha com amigos, no qual compartilhavam imagens de mulheres com quem mantinham relações sexuais. Na manhã em que foi morto, ele enviou fotos ao lado de Cristiana Brittes, esposa de Edison Brittes, no qual aparentava estar dormindo.

Conhecido como Juninho Riqueza, Edison confessou ter comitido o assassinato do jogador, mas alega ter agido em defesa da esposa, que teria sofrido uma tentativa de estupro. O promotor João Milton Salles, no entanto, trata a possibilidade como "humanamente impossível".

Os acusados

O assassino confesso, a mulher e a filha estão presos preventivamente. Ambas são suspeitas de presenciar o espancamento do jogador e não reagir, além de coagir testemunhas. Todos os envolvidos até agora serão acusados de homicídio qualificado (crime por motivo fútil).

David Willian Villero Silva, de 18 anos, e Igor King, de 20 anos, foram presos na última quinta-feira (8) em Curitiba e prestaram seus depoimentos sexta-feira. De acordo com as palavras dos jovens, a vítima morreu ainda na caçamba da caminhonete de Edison Brittes.

O terceiro acusado de participação no assassinato de Daniel , Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, primo de Cristiana Brittes, foi preso em Foz do Iguaçu na última quarta-feira e deve conversar com a Polícia Civil do Paraná nesta semana.