Política

Audiência discute problemática das drogas e encaminhas demandas para o Executivo

Debate foi proposto pelo vereador Luciano Marinho e reuniu diversas autoridades do Estado e Município

Por Assessoria 12/11/2018 15h03
Audiência discute problemática das drogas e encaminhas demandas para o Executivo
Audiência contou com a participação de especialistas e estudantes - Foto: Assessoria

Representantes do Poder Público estadual e municipal, ONG Cepec, alunos da Escola Estadual Geraldo Melo dos Santos e sociedade civil discutiram, na manhã desta segunda-feira (12) na Câmara Municipal de Maceió, soluções para a problemática das drogas na capital. As demandas apresentadas durante a audiência serão encaminhadas ao Executivo Municipal e secretarias responsáveis. O debate foi promovido pelo vereador Luciano Marinho (Podemos).

Durante o encontro, o promotor Paulo Henrique, representando o Ministério Público Estadual (MPE/AL), cobrou a criação de novos Centros de Apoio Psicossocial para Álcool e Drogas (Caps AD) que, para ele, é um aparelho indispensável na prevenção e tratamento de dependentes químicos.

“Desde 2013 o Ministério Público cobra do Executivo municipal a criação de mais três Caps AD para dar suporte e amparo aos jovens e adolescentes que estão em tratamento. E a construção desses equipamentos tão importantes para a comunidade não é para hoje, é para ontem. Espero que o vereador Luciano Marinho leve também esse clamor para o Executivo e aos seus pares aqui na Câmara. O MPE está de portas abertas para receber qualquer demanda. Precisamos do apoio de todos para que a sociedade se empodere, não só de quatro em quatro anos, mas também participando de audiências públicas para discutir assuntos tão importantes como este”, declarou.

O coordenador do Centro de Educação Popular e Cidadania (Cepec), Vando Santos, ressaltou a importância da cultura, esporte, lazer e geração de emprego para jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social nas áreas carentes de Maceió.

“Não há ação melhor, para a prevenção das drogas, que a geração de emprego e renda, esporte, lazer e educação na comunidade e nas escolas. É preciso substituir o termo ‘combate’ e utilizar a palavra ‘prevenção’ como a gênese para redução de danos. Também é necessário fazer com que o jovem construa seu protagonismo, mas para isso é preciso de condições mínimas para que ele consiga vencer na vida e quem deve oferecer essas condições é o Estado”, pontuou.

Em pronunciamento, Luciano Marinho lamentou a ausência de órgãos importantes, como o Conselho Tutelar, na discussão da prevenção de drogas. Ele também citou que a audiência acontece em momento oportuno já que, em poucos dias, a Casa define o investimento da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2019.

“Vamos dar encaminhamento às questões postas aqui. Sabe-se que tudo o que foi pedido, e dito como necessário para que a gente possa combater o mal das drogas, precisa de investimento e investimento depende de vontade política. Na condição de parlamentar, cito que os investimentos para áreas de educação, cultura, esporte e lazer são indispensáveis, mas é necessário que o gestor saiba a importância dos investimentos nestas áreas”, finalizou Marinho.