Saúde

Ministério diz que atendimentos a indígenas aumentaram 400% em 4 anos

Por Uol Notícias 08/12/2018 14h02
Ministério diz que atendimentos a indígenas aumentaram 400% em 4 anos
A índia guarani Luiza Benites "Ewa" recebe vacina contra a gripe A (H1N1) na aldeia do parque Estadual Xixova Japui, em São Vicente - Foto: Uol Notícias

De vacinas a atendimento pré-natal. Até novembro deste ano, pelo menos 5,6 milhões de indígenas foram atendidos por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão vinculado ao Ministério da Saúde.

Dados da pasta divulgados nesta sexta-feira (7) mostram que, em quatro anos, o número de atendimentos a indígenas aumentou 400%: de 1,1 milhão em 2014 a 5,6 milhões em 2018. No acumulado do quadriênio foram 16,2 milhões de atendimentos.

A ação da secretaria é voltada para uma população de 765 mil indígenas que vivem em 5.614 aldeias no país. Além de questões da saúde básica, a Sesai também realiza ações de vigilância alimentar e nutricional, além de observar o crescimento de desenvolvimento infantil.

Segundo o ministério, a secretaria conta atualmente com 13.989 profissionais para atendimento de saúde primária nos territórios indígenas. Ao todo são 360 Polos Base - espécie de posto de saúde - e 68 Casas de Saúde Indígenas (Casai) que prestam atendem a 305 etnias, de povos de 274 línguas e 597 terras indígenas. 

Os atendimentos são realizados pelas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (Emsi), que contam médico, dentista, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliar de saúde bucal, Agente Indígena de Saúde (AIS) e Agente Indígena de Saneamento (Aisan).

Vagas em áreas indígenas no Mais Médicos

Apesar do preenchimento de quase todas as vagas no programa Mais Médicos, sobraram espaços em distritos indígenas e cidades da região amazônica. Trata-se de postos de trabalho para os quais nenhum profissional manifestou interesse no cadastro online.

Das 115 vagas disponíveis no programa em 31 municípios, 67, ou 58%, ficam em terras indígenas, como o Distrito Indígena Médio Solimões (9), Alto Rio Negro (13) e Alto Solimões (22), todos no Amazonas. Também faltam médicos em cidades do Amapá, Pará e Rondônia, todas na região Norte.