Celebridades

Filha de prefeito, universitária recebe R$ 1.200 de auxílio emergencial

Prefeito divulgou um áudio confirmando que a filha recebeu o valor, mas que teria doado a famílias carentes do município

Por Uol 10/07/2020 10h10
Filha de prefeito, universitária recebe R$ 1.200 de auxílio emergencial
Hellen Lira Porto, filha do prefeito de Maiquinique, recebeu auxílio emergencial - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Filha do prefeito de Maiquinique, no sudoeste da Bahia, a estudante de medicina Hellen Lira Porto teve o pedido de auxílio emergencial aprovado pelo governo federal. Ela estuda em uma faculdade particular de São Paulo e sacou ao menos duas parcelas do benefício de R$ 600.

Hellen é filha de Jesuíno Porto (DEM) e o caso veio à tona após um print ter viralizado nas redes sociais mostrando que o nome da jovem figurava no CadÚnico (Cadastro Único).

Em meio à repercussão do caso, o prefeito divulgou um áudio confirmando que a filha recebeu o valor, mas que teria doado a famílias carentes do município. 

"Isso aí não é montagem, realmente é verdade. Hellen fez o cadastro emergencial, recebeu duas parcelas aí. Só que o que ninguém sabe é que, cada vez que ela recebe a parcela, ela me dá o dinheiro e eu doou para uma família carente", explicou Jesuíno.

Posteriormente, o prefeito de Maiquinique mudou a versão e disse ter devolvido à União as duas parcelas do auxílio. Ele disse que Hellen não teve a intenção de usar o dinheiro em benefício próprio.

Ao mesmo tempo, ele reconheceu que os valores foram doados de "forma equivocada". "O prefeito de Maiquinique, reconhecendo que sua filha cometeu um ato irregular, tratou de regularizar a situação e por isso pede desculpas a toda a sociedade, bem como a Administração Pública", informou o prefeito no comunicado.

"Ao saber que os valores foram liberados e sacados, reconhece que de forma equivocada doou as duas parcelas para pessoas carentes da cidade, e que após consultar o departamento jurídico foi informado que o correto seria fazer a devolução das parcelas recebidas", acrescentou.

O UOL procurou Hellen, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.