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Metade dos consumidores com acesso à internet usa delivery na pandemia

O uso dos serviços de delivery se mostrou mais forte no Nordeste (52,8%), seguido do Sudeste (52,3%)

Por Folhapress 19/08/2020 14h02
Metade dos consumidores com acesso à internet usa delivery na pandemia
Entregadores Ifood - Foto: Reprodução

Metade dos consumidores com acesso à internet usou serviços de delivery durante a pandemia do novo coronavírus, mostra pesquisa sobre tendências de comportamento online da Nielsen e da Toluna, que ouviu 1.260 pessoas, a maioria das classes B e C.

A atividade foi mais forte na região Nordeste (52,8%), seguida do Sudeste (52,3%), quando entrevistados responderam se fizeram algum pedido nas quatro semanas anteriores. Feita em julho, a pesquisa e tem margem de erro de três pontos percentuais.

Quarenta e três por cento dos entrevistados afirmaram que o tempo gasto com delivery aumentou, sendo que 45% dizem gastar até três horas semanais ligados a aplicativos do tipo.


Em relação ao comércio eletrônico no geral, que inclui compras feitas em sites, 64% afirmaram ter realizado alguma aquisição pela internet nas quatro semanas anteriores. O tempo gasto com esse tipo de consumo aumentou para 46% das pessoas, na comparação com o mesmo período de 2019.

Outra pesquisa, divulgada pela Neotrust/Compre&Confie em julho, estima que a pandemia tenha levado ao ecommerce ao menos 5,7 milhões de novos clientes.

Durante o mês de junho, os participantes disseram ter visualizado mais publicidade de alimentos (66,5%), bebidas (58,5%) e limpeza (52,5%). Os principais gastos foram com alimentos, roupas e papelaria.

O tempo gasto com todas as atividades online cresceu, o que era esperado diante das medidas de distanciamento social.


O maior impacto foi no consumo de vídeos, filmes e programas de TV, que aumentou para 75% dos consumidores. Na sequência, aparecem redes sociais, com alta de 67% no tempo gasto, consumo de músicas (58%), lives (56%) e ecommerce (46%).

A pesquisa também abordou o comportamento no teletrabalho: 33,5% passaram a ficar mais tempo conectados para fins laborais. Os pesquisadores desconfiam de que, de modo geral, o trabalho aumentou durante a pandemia.


"Como qualquer mudança, existe uma curva de aprendizagem, na forma de executar tarefas. Quem passava tempo no trânsito, indo de um cliente a outro, viu esse tempo diminuir, mas não necessariamente trabalha menos; aumentou o tempo gasto com outras atividades", afirma Sabrina Balhes, da Nielsen Mídia.


A pesquisa mostra que 18% dos entrevistados trabalham depois das 22h. Quinze por cento dizem dedicar mais de 15 horas semanais ao trabalho online, 13,3%, de 10 horas a 15 horas, e 16,2%, de 7 horas a 10 horas.De acordo com a Nielsen, 45% dos conectados usam o smartphone por mais de 15 horas por semana.

Confirmando os indicativos dos últimos anos, o celular aparece como meio preferencial de acesso à rede.Segundo o estudo, na análise do consumo por faixa etária, as atividades mais acessadas por pessoas de 46 a 55 anos foram jogos de azar, aplicativos de mensagem e shows gravados. Também é a faixa que mais lê jornal e revista online (47%) e a terceira que mais lê jornal e revista impressos (18%).

A leitura de veículos de comunicação impressos é liderada pela faixa etária superior a 56 anos, e em segundo lugar aparecem pessoas com 36 a 45 anos.