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Estudantes da Escola Estadual Ana Lins, em São Miguel, fazem ato contra a PEC 241

01/11/2016 19h07
Estudantes da Escola Estadual Ana Lins, em São Miguel, fazem ato contra a PEC 241

Os alunos e professores das Escolas Estaduais Ana Lins e Tarcísio, em São Miguel dos Campos, saíram em protesto contra a aprovação da PEC 241. Os mesmos estão realizando diversas atividades de mobilização e conscientização na cidade.

Na manhã de hoje (01), dezenas de alunos e professores tomaram às ruas da cidade, com faixas e cartazes, confeccionadas pelos mesmos, para mostrarem sua indignação e desaprovação quanto a PEC 241, que acaba de chegar ao Senado com o número 55.

Veja o vídeo:

 

 

Segundo o presidente do Grêmio escolar, “sair às ruas é importante, pois é preciso conscientizar para além dos muros escolares, precisamos mostrar para a sociedade que a PEC 241 só irá trazer prejuízos à classe estudantil e trabalhadora”, disse Jean Carlos.

“Não estamos satisfeitos com nossa situação atual, tanto na Educação, como na Segurança, ou mesmo na Saúde”, finalizou o estudante.

Os estudantes e professores, com a coordenação do Grêmio Estudantil, realizaram na última semana diversas atividades e palestras de conscientização e esclarecimento sobre a PEC.

Nas palestras e mesas redondas, foi permitido aos estudantes ouvirem pontos favoráveis e contrários à Proposta de Emenda Constitucional, o que os levou, em maioria a se declarar contrários a proposta que altera direitos e garantias da classe trabalhadora, principal pagadora de impostos desse país.

O estudante Marcos disse que a mobilização reforça os diversos atos realizados por estudantes e professores em todo o país, e em São Miguel, “o primeiro passo foi dado com a conscientização e novas mobilizações devem acontecer nos próximos dias”.


O que é a PEC do teto de gastos?

A PEC, Proposta de Emenda Constitucional, a iniciativa para modificar a Constituição proposta pelo Governo, tem como objetivo frear a trajetória de crescimento dos gastos públicos e tenta equilibrar as contas públicas. A ideia é fixar por até 20 anos, podendo ser revisado depois dos primeiros dez anos, um limite para as despesas: será o gasto realizado no ano anterior corrigido pela inflação (na prática, em termos reais - na comparação do que o dinheiro é capaz de comprar em dado momento - fica praticamente congelado). Se entrar em vigor em 2017, portanto, o Orçamento disponível para gastos será o mesmo de 2016, acrescido da inflação daquele ano. A medida irá valer para os três Poderes – Executivo Legislativo e Judiciário. Pela proposta atual, os limites em saúde e educação só começarão a valer em 2018.
 

Sobre o blog

Wellington Silva - Tinho. Professor, Jornalista MTB 1874,   Assessor de Imprensa.

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