Celebridades

É mentira participação de Zezé em dívida milionária de Zilu, diz defesa

Advogado Cesar A. Miano afirmou que empresa de influenciadora, que teve R$ 2,3 milhões penhorados, foi comprada após separação

Por R7 07/05/2021 18h06
É mentira participação de Zezé em dívida milionária de Zilu, diz defesa
Zilu ainda questiona na Justiça todos os acordos de divisão quando o casamento chegou ao fim - Foto: AGNEWS

A novela entre Zezé Di Camargo e Zilu Godoi segue ganhando novos capítulos. Após decisão da Justiça confirmar a penhora de bens da influenciadora para o pagamento de uma dívida avaliada em R$ 2,3 milhões, referente a compras realizadas por um dos empreendimentos da empresária, a defesa dela chegou a afirmar que os valores seriam, na verdade, de responsabilidade do ex-casal.

Para Marcelo Saraiva, a dívida também seria do sertanejo, já que Zilu ainda questiona na Justiça de SP todos os acordos de divisão de bens firmados entre eles quando o casamento chegou ao fim. Segundo Saraiva, à época em que houve a oficialização do divórcio, a cliente não teria sido informada sobre a situação financeira do negócio.

Em conversa com a reportagem do R7, no entanto, o advogado de Zezé, Cesar Alexandre Padula Miano, rebateu as declarações. "É mentira. A gente tem documento que prova isso. Essa empresa foi adquirida quando os dois já estavam separados de fato. As outras pessoas que fazem parte já fizeram declarações públicas. Por volta do ano 2012, quando os dois já não estavam mais juntos, a empresa foi comprada somente pela Zilu e outros dois sócios. O Zezé nunca participou."

De acordo com a defesa do cantor, a Construmax Terraplanagem teria uma dívida aproximada de R$ 4 milhões, que foi repartida entre Zilu e um dos sócios, o empresário Danilo Augusto Barbosa Machado.

"Metade da dívida era trabalhista e, a outra metade, era dos equipamentos comprados da empresa do dono das lojas Marabraz. O Danilo honrou com 100% dos processos trabalhistas. E a Zilu se responsabilizou por essas máquinas da Epel. Mesmo separados de fato, o Zezé, que é amigo do dono, nunca deixou ele cobrar a dívida da Zilu. Só que aí depois que ela começou a falar todas essas bobagens, o dono da empresa decidiu entrar com o pedido de execução da dívida."

Zilu terá bens penhorados

Zilu terá os bens penhorados pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) para o pagamento de uma dívida avaliada em aproximadamente R$ 2,3 milhões, da Construmax Terraplanagem. Ela é sócia do empreendimento, ao lado de Danilo Augusto Barbosa Machado e Dorival Perez. A informação foi confirmada ao R7 pelo advogado da empresária, Marcelo Saraiva.

"Essa empresa Construmax é aquela empresa que o Zezé Di Camargo e a Zilu compraram juntos, quando ainda eram casados, em sociedade com o prefeito de Cajamar-SP e um outro rapaz que trabalhava com o Zezé. A empresa foi mal administrada pelos sócios e acabou perdendo os contratos e ficou devendo os equipamentos", disse, em contato com a reportagem.

A empresa dela teria deixado de efetuar os pagamentos de bens móveis comprados com a Epel (Empresa Paulista de Empreendimentos Ltda), em março de 2014, no valor de R$ 2.330,778,71. Entre os bens que constam no processo de cobrança estão itens como: trator de esteiras, trator de pneus, escavadeira e motoniveladora. A decisão atendeu a um pedido do credor, que teria alegado que a sociedade de Zilu estava praticando atos de dissolução.

A defesa da influenciadora digital defende, no entanto, que a dívida também seria de Zezé Di Camargo, já que Zilu ainda questiona na Justiça todos os acordos de divisão de bens firmados entre eles quando o casamento chegou ao fim. Segundo Saraiva, à época do rompimento, a cliente não foi informada sobre a situação financeira do negócio.

"Na verdade, essa dívida é real, mas ela é uma dívida da Zilu e do Zezé Di Camargo. Você sabe que o processo ainda está em curso. Ele não acabou ainda. Nesse processo a gente pede a anulação dessa empresa, que ficou só para ela no acordo [de divisão de bens]. Ela não sabia que tinha todas essas dívidas e acabou ficando prejudicada."

Disputa na Justiça

Em 2019, Zilu Camargo entrou na Justiça para pedir a anulação de partilha de bens gerada pelo divórcio dela e do cantor Zezé Di Camargo, que foi iniciado em 2014 e concluído em 2016. De acordo com o advogado da empresária, durante os dois anos em que caso tramitou na Justiça, o sertanejo teria transferido o patrimônio e simulado situação de falência para ocultar a verdadeira fortuna que acumulou em 30 anos de carreira.

"Nós pedidos a perícia em todo o patrimônio à época e, por conta disso, os próprios filhos foram induzidos a acreditar que o pai estava falido e que dos bens que tinham, ele teria reservado para ela, com a alegação que ele perderia tudo. No entanto, foi só assinar o acordo para aparecer um vasto patrimônio, bens e inúmeras campanhas publicitárias", disse, à época Marcelo Saraiva.

Em agosto de 2020, uma decisão da juíza Natalia Assis, em primeira instância, anulou a ação que pedia, entre outras coisas, a revisão de todos os acordos de partilha de bens. Entretanto, meses depois, a defesa da empresária entrou com um recurso alegando "erros graves" na sentença.

"Certamente a decisão vai ser reformada. Ou seja, é uma batalha para cinco ou seis anos. O Zezé e o advogado dele estão cantando vitória antes do final dessa batalha. Isso é muito ruim, muito errado por parte deles. Dele talvez seja por ignorância, por parte da advogada não", afirmou.

À época, procurado pela reportagem, Zezé respondeu, por meio de nota, que estava feliz pelo que ele chamou de "vitória da Justiça". "Não estou comemorando a vitória sobre a minha ex, por quem tenho respeito e com quem tive meus três lindos filhos. Estou feliz pela vitória da Justiça e da verdade que sempre deve prevalecer", disse o sertanejo, que faz dupla com o irmão Luciano.

Para o advogado, a decisão foi quase que integralmente baseada nos depoimentos de dois dos filhos do ex-casal, Wanessa Camargo e Igor Camargo. Ambos teriam sido favoráveis à tese do pai, que, à época da separação, estaria passando por dificuldades financeiras. "A juíza entendeu que em razão de dois depoimentos, de dois filhos, que não havia ocorrido pressão, ou coação, para que houvesse a assinatura do acordo, que eu pedi que fossem anulados. Essa é a base".