Negócios

Mais de 10 mil postos de trabalho foram desativados somente em fevereiro em AL

As cidades mais atingidas foram Rio Largo, Coruripe, Maceió, Penedo e Arapiraca.

Por Ludmila Calheiros 12/04/2016 14h02
Mais de 10 mil postos de trabalho foram desativados somente em fevereiro em AL
Desemprego - Foto: Reprodução Internet/ Ilustração

O país passa por um momento delicado, na política e na economia, o que acaba se refletindo em diversos setores. O índice de postos de trabalho desativado cresce por todo o país e Alagoas não ficou de fora. Mais de 10 mil vagas formais foram fechadas somente no mês de fevereiro, segundo o Ministério do Trabalho. As cidades mais atingidas foram: Rio Largo, Coruripe, Maceió, Penedo e Arapiraca.

No mês de fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregado e Desempregado (CAGED), Alagoas registrou 16.472 desligamentos e 6.387 contratações. Com a diferença, é possível identificar que 10.085 postos foram desativados. Esse foi o pior mês de fevereiro desde 2010, quando 11.195 vagas deixaram de existir no Estado.

Na lista das cidades com o maior número de postos desativados, a primeira é Rio Largo. No município, em fevereiro deste ano, 2.806 vagas deixaram de existir. Em Coruripe a extinção foi de 761 postos. Maceió apresentou no mesmo período uma queda de 499, seguida de perto por Penedo, com menos 484 vagas no mercado. Arapiraca ficou na quinta posição, com 260 vagas extintas.

Diante dos números, a procura por emprego aumentou. As unidades do Sistema Nacional de Emprego em Alagoas (Sine), referência no cadastro de desempregado com encaminhamento para o preenchimento de vagas, acabaram registrando um movimento maior.

“O número de vagas ofertadas muda todo dia. Assim que a empresa informa sobre a abertura do posto, o sistema é atualizado. Quem estiver cadastrado e se adequar ao perfil do emprego é encaminhado para dar início a um processo de possível admissão. Quem ainda está fora do mercado, pode se dirigir a uma das 17 unidades do Sine no estado e realizar o cadastro. O momento é complicado, as empresas frearam um pouco as contratações. Mas ainda a boas opções. Estamos com uma demanda de uma empresa que está ofertando mais de mil vagas para operador de telemarketing”, informou o gerente de capitação de vagas da unidade do Sine, localizada no bairro do Jaraguá.

Os candidatos as vagas de operador de telemarketing passam por um teste de conhecimento e, dependendo da avaliação, são encaminhados para um curso da empresa com boas chances de contratação.

“Eu já trabalhei, mas fiquei desempregada e está difícil retornar ao mercado. Quando soube das vagas, me cadastrei para aproveitar a oportunidade. Espero que dê certo”, disse a candidata a uma das vagas Crislaine Thayme.

“Terminei o ensino médio e quero fazer um curso. Pensei em conseguir um emprego para financiar tudo. A expectativa é boa”, disse Rayane Santos, outra candidata.

Entre as muitas pessoas que procuraram a unidade do Sine no bairro de Jaraguá, está o pintor desempregado Júnior José Lins. Obter uma renda é quase impossível a cerca de seis meses quando perdeu o emprego.

“A gente tenta fazer ‘bico’, um serviço aqui e outro ali, mas é complicado. O Ideal é um trabalho fixo. É que são muitas contas pesando. Mas espero conseguir algo agora”, disse.

Para quem está a procura de emprego o gerente de capitação de vagas, David Tavares faz um alerta.

“Existe um site na internet utilizando o nome do sine e ofertando vagas que não existem. O sine.com.br não tem qualquer relação com nenhuma das unidades do Sine no estado. A única página que mantemos na internet é em uma rede social , onde diariamente postamos as oportunidades de emprego. Mas para se cadastra é preciso procurar as unidades tendo em posse os documentos pessoais”, finalizou.