Alagoas

Renan Filho fala em crime organizado dentro de torcidas e SSP identifica autores

Por 7 Segundos 09/05/2016 11h11
Renan Filho fala em crime organizado dentro de torcidas e SSP identifica autores
Renan Filho - Foto: André Rocha e Jônatas Pedro / 7 Segundos

Em evento de Formação de Praças, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro do Jaraguá, na manhã desta segunda-feira (09) o governador Renan Filho (PMDB) ressaltou a importância de que próximas partidas entre o Clube de Regatas Brasil (CRB) e o Centro Sportivo Alagoano (CSA) ocorram com a presença de apenas uma das torcidas. Segundo o gestor, o crime organizado estaria atuando dentro das organizadas dos times.

Renan Filho considerou que houve falha de todas as partes na segunda partida da final do Alagoano. “Tudo poderia ter sido evitado. Somos todos culpados. Evitar que episódios como esse se repitam é dever de todos, Estado e órgãos atuantes na área, da torcida e da própria imprensa”, afirmou durante coletiva na solenidade, ressaltando ainda que o grande e grave problema é que criminosos estariam atuando dentro das torcidas organizadas, travestidos de torcedores.

O gestor ainda afirmou que todos os esforços estariam sendo realizados na tentativa de coibir a ação desses grupos. A Secretaria de Segurança Pública teria designado equipes da Polícia Militar para realizarem um trabalho junto às sedes das organizadas desde o ano passado, mas um novo modelo dentro dos estádios, durante os jogos entre CSA e CRB seria necessário e urgente, como a torcida única, já que a divisão atual diante do mando de campo propiciaria atos como os vistos nesse domingo.

O secretário de estado da Segurança Pública, coronel Paulo Domingos Lima Júnior, também esteve presente no evento e afirmou que a Polícia Militar já identificou dezenas de suspeitos na batalha registrada dentro de campo. Alguns dos torcedores já se encontrariam detidos, mas a polícia ainda segue na tentativa de localizar os demais.

O Coronel Lima Júnior, também falou sobre o questionamento da segurança no estádio. Enquanto a torcida invadia o gramado e entrava em confronto, boa parte do efetivo no Rei Pelé estava na área da torcida azulina, mas o secretário afirmou que a conduta da polícia foi a correta, visto que os policias tentavam conter em um primeiro momento a torcida em maior número.

Os crimes cometidos serão investigados por uma comissão especial definida pelo delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira. O comando das ações da comissão ficará a cargo do diretor da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), Ronilson Medeiros, que atuará em conjunto com os delegados Fabrício Lima e Manoel Acácio.