Alagoas

Justiça condena grupo que trazia droga de São Paulo para Maceió

Entorpecentes eram comercializados na balança do Peixe, no bairro da Pajuçara, quadrilha também atuava em outros bairros

Por Ascom 18/05/2016 16h04

A Justiça condenou os réus Jair Veloso da Silva Filho, vulgo Patrão, Valdir dos Santos, José Marcos dos Santos, conhecido como Marquinhos, Manoel da Silva e Sidney Antônio de Melo Gomes, vulgo Ney, por fazerem parte de uma quadrilha que trazia drogas de São Paulo para Maceió e comercializava na balança do Peixe, no bairro da Pajuçara. As penas, somadas, chegam a 74 anos. A quadrilha também atuava nos bairros da Jatiúca, no loteamento Stella Maris, e Canaã, e no município de São Brás, no Sertão de Alagoas.

O grupo foi preso em flagrante em agosto de 2014, depois de investigações feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gecoc), com autorização da 17ª Vara Criminal da Capital. Na ocasião, foram apreendidos mais de 126 quilos de maconha.

Também foi encontrado na residência de Jair Veloso uma Pistola calibre 380, com 2 carregadores e 29 munições do mesmo calibre, 2 cheques de R$10 mil, R$10.490,00 em dinheiro, 2 automóveis, sendo um IX35, Hyundai, cor preta e um VW, saveiro, cor branca.

No imóvel de Valdir dos Santos foi encontrado o revólver calibre 38, com 6 munições de idêntico calibre, R$1.136,00 em dinheiro, um carro I30, marca Hyundai, cor preto, e vários aparelhos celulares e depósitos bancários totalizando o montante de R$ 71.770,00, dinheiro destinado a compra de entorpecentes.

Condenações

De acordo com os autos, Jair Veloso da Silva Filho e Valdir dos Santos são acusados de liderarem a organização criminosa e estavam presos desde agosto de 2014. Jair foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo a 15 anos, 4 meses e 5 dias de reclusão em regime fechado, 1 ano de detenção em regime semiaberto e o pagamento de mais de 186 salários-mínimos vigentes em 2014, ano em que foi preso, que serão corrigidos em valores atuais.

Valdir dos Santos foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico a 16 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado, 1 ano de detenção a ser cumprido em regime semiaberto e o pagamento de multa de 196 salários-mínimos, valor que também será corrigido com índices atuais.

José Marcos dos Santos, vulgo Marquinhos, era quem trazia os mais variados tipos de droga de São Paulo para ser entregue a Jair ou para Valdir. O transporte interestadual de entorpecente era planejado detalhadamente, tentando disfarçar a prática do crime através de comércio de produtos lícitos, ele também responde à denúncia formulado pelo Ministério Público do Paraná, e foi condenado, pela Justiça de Alagoas, pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas a 21 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado, além de multa de mais de 79 salários-mínimos.

Manoel da Silva tinha a função de armazenar a droga e deixá-la pronta para comercialização, além de fornecer também maconha para Valdir, um dos líderes da organização. Ele foi condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico a 9 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado e multa de 41 salários-mínimos.

Sidney Antônio de Gomes Melo era quem comercializava as drogas adquiridas por Jair e Valdir na balança do Peixe da Pajuçara e depois repassava os valores levantados aos mesmos, uma vez que o réu comercializava os entorpecentes de organização criminosa em local de trabalho coletivo. Ele foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico a 13 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado e multa de 57 salários-mínimos.