Educação

Música que estimula violência sexual gera polêmica em escola particular de Maceió

?Baile de Favela? foi cantada por um grupo de alunos da instituição e desagradou movimento social

Por 7 Segundos 31/05/2016 17h05
Música que estimula violência sexual gera polêmica em escola particular de Maceió
- Foto: Reprodução/Youtube

Uma música cantada por um grupo de alunos durante a abertura de um evento esportivo do colégio Santa Úrsula, na última sexta-feira (27), gerou polêmica e desagradou a alguns grupos nas redes sociais. As letras do funk “Baile de Favela” incitam a violência e prática sexual por meio de frases imperativas com nomes sugestivos.

Por meio do facebook, o movimento “Alagoas contra a Doutrinação Escolar” emitiu uma nota de repúdio, nesta terça-feira (31). De acordo com a matéria, as turmas do sétimo ano, que compreendem crianças com idades de 11 a 12 anos, se apresentaram nos Jogos Internos ao som da música cuja letra “pode-se extrair trechos como ‘E os menor (sic) preparado para foder com a xota dela’. 

“Muita embora o som ambiente tenha omitido estes trechos, os alunos cantavam a todo pulmão. Repudiamos tal apresentação por incentivar a pseudo ‘Cultura do Estupro’, que trata-se na mais pura verdade da ‘Cultura da Imoralidade’. Esperamos que o Colégio Santa Úrsula reflita sobre a responsabilidade de educar nossas crianças e jovens”, seguiu a nota. 

O episódio também gerou desconforto por parte dos internautas. Alguns se manifestaram a favor do ocorrido e outros contra. “Infelizmente não é só o Santa Úrsula, existem colégios onde os próprios educadores colocam para elas em seus momentos de recreação músicas pornográficas, onde não há cultura, nada que possa ensinar as crianças qual o certo e o errado e o que eu fico mais indignado é que são crianças do Ensino Fundamental, crianças da pré-escola mesmo, até os próprios educadores ensinam a dançar, fazer as coreografias com o ‘bumbum’ no chão, absurdo, infelizmente algumas escolas perderam a cultura”, sinalizou um usuário. 

“De um outro ponto de vista, a música tem uma versão que ‘camufla’ as partes indevidas. Deve ter sido essa que tocou no evento. Essa história de que o barulho encobria justamente essas partes me parece uma ‘livre interpretação da realidade’, por assim dizer. Porém, e isso é significativo, os próprios estudantes cantara, as pornografias da música. Ou seja, nada ali era novidades para eles. Essas músicas tocam nas festinhas de 15 anos, têm disponível no Youtube, estão nos celulares da turma. A música é inadequada em diversos sentidos, mas o episódio só reforça que não adianta amordaçar a escola se existe um mundo fora dela”, refletiu outro seguidor.

O portal 7Segundos tentou contato com o setor de Marketing do Colégio Santa Úrsula, mas até o momento, ninguém foi localizado.