Alagoas

Para cada empresa fechada, dois negócios são abertos em Alagoas

Números de constituições e extinções foram registrados pela Juceal, no primeiro semestre de 2016

Por Agência Alagoas 28/07/2016 07h07
Para cada empresa fechada, dois negócios são abertos em Alagoas
- Foto: Divulgação

A Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal) divulgou, na terça-feira (26), o número de empresas abertas no primeiro semestre deste ano. Na publicação, o órgão define que, entre os seis primeiros meses de 2016, 10.139 negócios foram constituídos no Estado. O número contrapõe aos 4.317 empreendimentos extintos no mesmo período, ou seja, para cada empresa fechada em Alagoas, dois empreendimentos foram abertos.

Tipo empresarial com maior número de constituições, o Microempreendedor Individual (MEI) aparece ainda com o maior quantitativo de baixas, sendo registradas 3.034 extinções no segmento. No mesmo período foram criados 7.624 MEIs.

Analisando as microempresas (ME), empresas de pequeno porte (EPP) e os negócios considerados sem porte, a abertura também é superior. No primeiro semestre foram constituídas 1.877 MEs, 369 EPPs e 279 empresas sem porte para 925, 125 e 223 extinções em cada porte, respectivamente.

Quanto aos setores econômicos, o número de negócios abertos foi maior em todas as seções de atividades. Observando os quantitativos de extinções, as empresas com o comércio como atividade principal aparecem em destaque, com valor equivalente a 2.296 empreendimentos.

Em relação aos municípios alagoanos, apenas uma cidade registrou estagnação, apresentando o mesmo número de abertura e fechamento de empresas. Em Paulo Jacinto foram extintos seis negócios e os outros seis empreendimentos foram constituídos.

Em Maceió, 2.631 empresas foram abertas a mais em relação ao quantitativo de negócios fechados. Enquanto na segunda maior cidade do Estado, Arapiraca, foi anotada a diferença de 530 empreendimentos.

Presidente explica números de extinções

Sobre o número de empresas extintas, o presidente da Juceal, Carlos Araújo, considera que o valor anotado no primeiro semestre não se deve somente ao momento de alerta econômico. Elevado número de MEIs, melhoria na legislação e simplificação dos procedimentos para a baixa empresarial também foram fatores citados pelo gestor.

Para Araújo, Alagoas conta com um dos melhores ambientes para o registro empresarial, facilitando a abertura e a extinção de negócios. “Existia um ditado que falava que abrir uma empresa era difícil e fechá-la, impossível. Essa não é a realidade de Alagoas. Disponibilizamos ao empresário um sistema acessível, o Portal Facilita Alagoas, onde ele pode iniciar o processo de casa. Quando a documentação é protocolada, temos até 48h para sinalizar se o processo foi deferido ou se entrou em exigência. O tempo de resposta é muito rápido”, explica.

Ainda segundo o presidente, a aprovação do decreto estadual de nº 44.971/2015 possibilitou a redução de uma demanda reprimida. Com o decreto, foi retirada a obrigatoriedade das certidões negativas para extinção das empresas, o que, para o gestor, permitiu o fechamento de antigos e inativos empreendimentos.

Sobre o momento vivido pelo país, o presidente mostra otimismo na retomada de crescimento: “Não podemos desconsiderar a crise, porque a influência dela é sentida, mas temos que oferecer ao empresariado o melhor ambiente para que a economia possa se renovar, seja para que o empresário possa investir em um novo negócio ou para que dê lugar a outro empreendimento. Cabe à Junta Comercial o registro veloz e com segurança jurídica”.

Nos dados divulgados foram analisadas as constituições e as extinções de Números de Identificação do Registro da Empresa (Nire) dentro do banco de dados pertencente ao órgão alagoano de registro.