Alagoas

SSP apresenta suspeito de matar líder do MST; prisão ocorre quase 11 anos após crime

Por 7 Segundos 04/08/2016 16h04
SSP apresenta suspeito de matar líder do MST; prisão ocorre quase 11 anos após crime
Heleno Pedro da Silva, 52, suspeito de matar líder do MST - Foto: Marcos Araújo/ 7Segundos

Após quase 11 anos, o suspeito de ter executado um líder do Movimento Sem Terra (MST) de Alagoas, crime ocorrido em uma fazenda no município de Atalaia, foi preso pela polícia e apresentado na tarde desta quinta-feira (04) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). O homem estava foragido da Justiça e teria tentado se esconder nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso. A prisão ocorreu em União dos Palmares.

Heleno Pedro da Silva, 52, havia sido apontado como autor material do homicídio de Jaelson Melquíades, em 29 de novembro de 2005. O secretário de Segurança Pública, coronel Lima Júnior, ressaltou que a prisão do suspeito vinha sendo cobrada por integrantes do MST há muito tempo e que em uma reunião recente o caso voltou a ser lembrado.

“Ele correu o Brasil inteiro fugindo. Estava em Minas Gerais e achou que a polícia local estava atrás dele, até que voltou para Alagoas. A prisão teve uma simbologia muito importante para eles (membros do MST)”, afirmou o secretário.

O delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, deu detalhes sobre as tentativas da polícia alagoana em conseguir localizar e prender Heleno, que chegou a ser alertado por um gerente de banco que policiais tentanvam prendê-lo.

“Ele havia movimentado uma conta em uma agência bancária em Minas Gerais, nossa polícia foi até o banco, esperamos, mas ele não apareceu mais. O gerente avisou que estávamos procurando ele. Depois tentamos prendê-lo na casa dele, que fica na divisa de Minas e São Paulo. Ficamos lá por 15 dias, mas não o encontramos”, explicou.

Após as sucessivas tentativas, o suspeito acreditou que as polícia de Minas e São Paulo estavam tentando prendê-lo e teria decidido voltar para o Nordeste. “A esposa dele ficava em Garanhuns, em Pernambuco, e ele em União dos Palmares, onde trabalhava em uma fazendo”, completou o delegado afirmando ainda que acredita na participação de outras pessoas no crime, que poderia ter sido encomendado.