Brasil

Forças Armadas do Brasil investem R$ 43 milhões neste ano em atletas de ponta

Programa apoia 670 atletas com soldo de R$3.200 mensais, além de plano de saúde e odontológico

Por UOL 17/08/2016 06h06
Forças Armadas do Brasil investem R$ 43 milhões neste ano em atletas de ponta
Arthur Nory bate continência - Foto: Mike Blake

Das 11 medalhas conquistadas pelo Brasil até esta terça (16), nove vieram de atletas patrocinados pelas Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica.

Os nove medalhistas integram o programa de alto rendimento dos ministérios da Defesa e do Esporte, criado em 2008 e que apoia 670 atletas com soldo de R$ 3.200 mensais brutos, além de plano de saúde e odontológico. Somente neste ano, o programa investe R$ 43 milhões.

As exceções entre os medalhistas são o ginasta Diego Hipólito, 30, prata no solo, e o baiano Isaquias Queiroz, 22, prata na canoagem.

O programa foi criado para atrair atletas civis para reforçar os quadros das Forças Armadas durante os Jogos Militares de 2011, no Rio, e continuou neste ciclo olímpico.

Após o início do programa, o Brasil se tornou uma potência nos Jogos Militares. Em 2007, na Índia, havia ganhado três medalhas. Em 2011, liderou o quadro, com 45 medalhas de ouro.

Para receber o apoio, atletas precisam concorrer em editais públicos. Se aprovados, tornam-se militares temporários -terceiro-sargento do Exército, Marinha ou Aeronáutica. Eles passam a receber os benefícios dos militares da ativa.

Além do soldo e dos benefícios, os esportistas têm acesso a instalações militares para treinamentos, o que pode ser vantagem em algumas modalidades, como atletismo e tiro esportivo.