Brasil

Bancários de SP encerram a greve, mas paralisação continua na Caixa Econômica

Por Redação com Uol 06/10/2016 20h08
Bancários de SP encerram a greve, mas paralisação continua na Caixa Econômica
Bancários realizam assembleia para decidir se encerram greve nesta quinta-feira - Foto: Divulgação

Os bancários do setor privado e do Banco do Brasil de São Paulo aprovaram, nesta quinta-feira (6), o fim da greve que durou 31 dias. A categoria decide, em todo o país, se aceita a proposta de aumento salarial oferecida pelos bancos. Os trabalhadores da Caixa em São Paulo rejeitaram a proposta dos bancos e decidiram continuar em greve.

Na quarta, os bancos propuseram aumento de 8% nos salários da categoria e o pagamento de um abono de R$ 3.500 em 2016. A proposta negociada tem validade de dois anos. Em 2017, os bancários terão aumento real de 1%.

Além disso, bancários e a Fenaban (braço sindical da Febraban, que representa os bancos) acertaram o abono dos 31 dias parados, com a condição de que a greve fosse encerrada ainda nesta quinta.

A campanha salarial dos bancários se iniciou em agosto. Os trabalhadores pediam aumento de 5% acima da inflação, enquanto bancos ofereciam reajuste de 6,5% mais um abono de R$ 3.000.

Apesar da duração da greve, a maior campanha desde 2004, é a primeira campanha em anos que os trabalhadores não conquistam aumento real. Segundo a Fenaban, a maior parte dos trabalhadores já garantiria a reposição da inflação, com o pagamento do abono. Mas esse abono não é incorporado ao salário.

No ano passado, os bancários haviam parado por 26 dias e receberam aumento real de 0,11%, o menor em seis anos.

REPERCUSSÃO

No auge da greve, mais de 13 mil agências foram fechadas, o equivalente a 57% dos pontos de atendimento, segundo acompanhamento da Contraf (confederação que representa os trabalhadores do setor financeiro).

No entanto, a maior parte dos serviços bancários já é realizada pelos canais eletrônicos de atendimento, o que diminui o impacto da greve sobre a população.