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Petrobras adere nova política e gasolina deve custar menos R$ 0,05 por litro

Por Redação com Agência Brasil 14/10/2016 15h03
Petrobras adere nova política e gasolina deve custar menos R$ 0,05 por litro
Presidente da Petrobras, Pedro Parente disse que o impacto da redução de preços nas bombas de todo o país vai depender das redes de distribuição e dos donos dos postos - Foto: José Cruz

A partir do primeiro minuto deste sábado, os preços da gasolina e do diesel estarão 3,2% e 2,7%, respectivamente, mais baratos na porta das refinarias de todo o país. A decisão foi anunciada hoje (14) pela Petrobras que mudou a política de preços para os derivados que vigorava há cerca de uma década. Com a diminuição de preços, nos postos de gasolina o diesel deverá cair em média 1,8% e a gasolina 1,4%, em ambos os casos uma queda de R$ 0,05 por litro.

A nova política, que também passará a vigorar a partir de amanhã, terá como base os preços da commoditie praticados no mercado internacional e avaliações mensais para reajustes ou não dos preços dos combustíveis para cima ou para baixo, dependendo da oscilação do preço dos produtos no mercado global.

Para por em prática essa nova política, a Petrobras criou o Grupo Executivo de Mercado e Preços, que, já em sua primeira reunião, decidiu pela redução hoje anunciada. Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, essa é a primeira vez que a redução de preços dos derivados ocorre desde junho de 2009, quando o diesel caiu 15% e a gasolina, 4,5%.

Ao abrir hoje a entrevista, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que o impacto da decisão nas bombas de todo o país vai depender das redes de distribuição e dos donos dos postos.

Nova política

A decisão anunciada pela diretoria da Petrobras é uma quinada de 360 graus na política de preços que até então vinha sendo adotada e que já dura cerca de uma década.

Na gestão do ex-presidente Sérgio Gabrielli, diante da alta do preço do barril no mercado e dos questionamentos dos jornalistas sobre se haveria ou não aumento do preço dos derivados no mercado interno, o ex-presidente da Petrobras era enfático: “A nossa política é não repassar para os preços dos derivados no mercado interno a volatilidade (oscilação) do petróleo no mercado externo, mas sim manter uma curva de médio prazo que mantenha os nossos ganhos na ponta”.

Era uma política onde a convergência aos preços internacionais se dava no médio e no longo prazo, os reajustes não tinham periodicidade definida e se davam em nível decisório no âmbito da diretoria executiva da companhia.

A partir de agora as decisões ocorrerão no âmbito do Grupo Executivo de Mercado de Preços (presidente, mais diretoria de Refino e Gás natural, mais diretoria Financeira e de Relações com Investidores); terão como referência as variações do preço dos derivados no mercado internacional; e Relatório Externo de avaliação 60 dias após o termino de cada trimestre.

A nota divulgada pela Petrobras ressalta: “como o valor desses combustíveis acompanhará a tendência do mercado internacional, poderá haver manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias a cada mês”.