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Iraniano indicado ao Oscar não poderá ir à cerimônia após ordem de Trump

Por Uol 28/01/2017 15h03
Iraniano indicado ao Oscar não poderá ir à cerimônia após ordem de Trump
Iraniano indicado ao Oscar não poderá ir à cerimônia após ordem de Trump - Foto: Reprodução/Web

Nova York, 28 jan (EFE).- O cineasta iraniano Asghar Farhadi, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro por "O Apartamento", não poderá comparecer à cerimônia de premiação como consequência da ordem sobre imigração aprovada pelo presidente americano, Donald Trump.

A informação foi confirmada neste sábado pelo Twitter de Trita Farsi, presidente do Conselho Nacional Iraniano Americano, organização que promove as relações entre os dois países.

Em princípio, todos os iranianos, salvo aqueles com passaportes diplomáticos, estão temporariamente proibidos de entrar nos EUA por conta da decisão de Trump.

Farhadi, que em 2012 ganhou o Oscar de melhro filme estrangeiro por "A Separação", está novamente indicado à categoria por "O Apartamento". A protagonista do filme, Taraneh Alidoosti, já havia anunciado ao longo da semana que não compareceria à cerimônia como protesto contra as medidas de Trump.

A ordem aprovada na sexta-feira pelo presidente americano ordena a suspensão de todo o amparo de refugiados durante 120 dias para analisar os mecanismos de aceitação e garantir que radicais não pisarão nos Estados Unidos.

Além disso, suspende durante 90 dias a concessão de vistos a todos os cidadãos de vários países de maioria muçulmana até que sejam adotados processos de "apuração extrema", o que é visto por algumas organizações como um passo rumo à proibição da migração muçulmana.

Os países inicialmente afetados pela medida são Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Iêmen e Irã. Vários cidadãos desses países já foram retidos ao chegarem a aeroportos dos EUA como aplicação dessa nova política.

Os advogados de dois iraquianos detidos em um aeroporto de Nova York apresentaram este sábado moções a um tribunal para que os clientes sejam liberados e para poderem representar outras pessoas que consideram estar sendo detidas de forma ilegal. A ação visa paralisar a ordem de Trump ao considerá-la inconstitucional.