Brasil

Governo Federal amplia planejamento da gravidez e humanização do parto

É a primeira vez que o Ministério da Saúde constrói um documento com essa finalidade

Por Redação com assessoria 09/03/2017 15h03
Governo Federal amplia planejamento da gravidez e humanização do parto
Governo Federal amplia planejamento da gravidez e humanização do parto - Foto: reprodução

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher ,o Governo Federal lançou na última quarta feira  (8), uma publicação inédita das diretrizes de assistência ao parto normal no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde , esta é a primeira vez que o orgão constrói um documento com essa finalidade baseado em evidências científicas e que serve de consulta para os profissionais de saúde e gestantes.

A partir de agora, toda mulher terá direito e definir o seu plano de parto que trará informações como local onde será realizado, orientações e benefícios do parto normal. Essas medidas visam o respeito no acolhimento e mais informações para o empoderamento da mulher no processo de decisão ao qual tem o direito. Assim, o parto deixa ser tratado como um conjunto de técnicas, e sim como um momento fundamental entre mãe e filho.

O presidente da República, Michel Temer, destacou a importância de investir na assistência à saúde da mulher e disse que a medida também ajuda a combater a violência sexual contra mulheres pois o planejamento também envolve  um plano de segurança para combater esse tipo de crime.

As maternidades deverão incorporar na assistência: liberdade de posição durante o parto, dieta livre (jejum não obrigatório), presença de doulas, acompanhante, respeito à privacidade da família e métodos de alívio da dor como massagens e imersão em água. Outras recomendações são o contato pele-a-pele imediato com a criança logo após o nascimento; e o estímulo à amamentação.

Com as diretrizes, o Ministério da Saúde pretende reduzir as altas taxas de intervenções desnecessárias como a episiotomia (corte no períneo), o uso de ocitocina (hormônio que acelera o parto), a cesariana, aspiração naso-faringeana no bebê, entre outras.  Estas práticas podem colocar em risco a segurança das parturientes e seus filhos ou filhas já que, em muitos casos, não estão de acordo com as melhores evidências científicas. 

A iniciativa pretende também reafirmar o direito da mulher engravidar apenas quando ela quiser. Dados da Pesquisa Nascer Brasil mostram que 55% das gravidezes não são planejadas, nas adolescentes esse percentual chega a 66%. Até 2018, serão investidos mais de R$ 12 milhões na oferta do DIU no SUS e a expectativa é aumentar a prevalência do DIU para 10% entre os métodos contraceptivos utilizados até 2020.