Política

Deputado cobra do governo o retorno do Pró-Saúde e desabastecimento do HGE

Por 7 Segundos com assessoria 09/05/2017 14h02
Deputado cobra do governo o retorno do Pró-Saúde e desabastecimento do HGE
Deputado Bruno Toledo - Foto: Ascom ALE

Durante a audiência pública de prestação de contas do Sistema Único de Saúde (SUS), na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, o deputado estadual Bruno Toledo (PROS) aproveitou a oportunidade para questionar a suspensão do Pró-Saúde em Alagoas. 

De acordo com Toledo, em função da suspensão, ocorrida no governo de Renan Filho (PMDB), os municípios estão sofrendo para manter a atenção básica. “O Pró-Saúde está suspenso há um ano. A indagação que faço ao governo do Estado é quando é que ele vai voltar? É preciso frisar que as coisas acontecem nos municípios. As pessoas moram nos municípios. É este ente federativo que vem sofrendo com o desfinanciamento da Saúde e a situação se agrava com um convênio como este suspenso”. 

O deputado cobrou da Secretaria de Saúde que esta informação fosse dada aos municípios porque é uma situação que poder resolver outros problemas. “ Já ouvi falar aqui de programas que estão há quatro meses atrasados. É verdade este atraso? Quais os motivos do atraso? O governo precisa dar estas explicações”. 

A ex-secretária de Saúde do governo Renan Filho, Rosângela Wyszomirska, confirmou a suspensão do programa Pró-Saúde.  De acordo com ela a suspensão ocorreu no ano passado depois que uma negociação entre o governo e município não foi bem sucedida. A proposta do governo era realizar uma mudança no programa mas houve entraves.

A ex-gestora – que esteve à frente da pasta durante a suspensão – destacou ainda que uma das dificuldades para a retomada de diálogo com os municípios foi o “período eleitoral” de 2016. “Este ano é que está retomando, é o que deve estar acontecendo com o novo secretário, e as reuniões e os contatos com os municípios acontecerão. No lugar do Pró-Saúde já havia sido implantado um incentivo de vigilância. O nosso objetivo era que o Pró-Saúde se transformasse. Mas as portas nunca estavam fechadas e não estão fechadas com o atual secretário”.

Rosângela Wyszomirska negou, entretanto, que a suspensão do programa tenha acarretado em desatenção aos municípios. “Houve um incremento de repasses para os municípios nas ações de Saúde, que tiveram um aumento substancial. Isso tudo impacta na atenção básica. Se não tivermos uma média complexidade, não vamos para frente e a educação básica não acontece. 

Estão nos relatórios todas as capacitações, monitoramentos, viagens feitas para o interior. Isso também computado como ações para atenção básica nos municípios”. 

Ambulâncias e HGE

Outra demanda cobrada foi sobre a situação de desabastecimento do Hospital Geral do Estado (HGE) . De acordo com o deputado  a situação de “sucateamento de muitas ambulâncias” que atendem ao SAMU. 

O atual secretário de Saúde, Cristhian Teixeira, não negou a situação das ambulâncias. Ele frisou que o governo atual já encontrou a frota sucateada. “Alagoas passou muito tempo indo a Brasília para pedir benção do governo federal. Agora, chegou o momento de produzir. Estão sendo feitas muitas unidades de Saúde com recursos públicos. Aumentou a arrecadação e o governo passou a fazer investimentos”. 

Sobre as ambulâncias em específico, Teixeira disse que 10 novos veículos já foram distribuídos e que solicitou ao governador que fossem compradas quatro ambulâncias por mês para que até o final do ano se tivesse “boa parte da frota renovada para dar uma assistência maior diminuindo o sofrimento das pessoas. Esta é uma questão que está sendo resolvida”. 

“Em relação ao abastecimento, era interessante que os médicos que atuam no HGE aqui estivessem. Eu assumi em um período crítico e pude presenciar – nas visitas que fiz – o depoimento de diversos profissionais que ali labutam que afirmam que o abastecimento tem sido feito de forma mais eficaz”, colocou o secretário. “Agora, ainda é preciso avançar. Mas, avançar com responsabilidade”, frisou. 

Teixeira afirmou que o ritmo da secretária da Saúde para compras tem que ser diferenciado e falou da necessidade do aumento de número de pregoeiros para tornar licitações mais ágeis sem recorrer aos contratos emergenciais. “Eu tenho a obrigação de fazer com que todos os meus contratos sejam devidamente licitados”, finalizou o titular da pasta.