Cultura

Cultura popular: sábado tem coco de roda aberto à comunidade

Por Assessoria 03/06/2017 12h12
Cultura popular: sábado tem coco de roda aberto à comunidade
Projeto Pra Todo Mundo Pisar finaliza atividades nesse sábado - Foto: Jéssica Patrícia

O projeto Coco Alagoano Pra Todo Mundo Pisar, premiado pela Prefeitura de Maceió, por meio do Edital das Artes Eris Maximiano, terá, nesse sábado (3), a partir das 14h, sua quinta e última apresentação, na sede do Coletivo Afrocaeté, no Jaraguá: o Arraiá Segura o Coco. Capitaneado pelo grupo Segura o Coco, a iniciativa teve e tem como proposta levar o coco de roda, tradicional ritmo brincado em Alagoas, à periferia.

Nas palavras de Lucimar Santos, uma das organizadoras do projeto, o Pra Todo Mundo Pisar nasceu “da necessidade de dar um retorno para as comunidades”. Ela explica que o projeto não teve como público alvo os grupos de coco já existentes, e tentou mostrar o coco, para a população dos bairros, como uma diversão antiga e que precisa ser resgatada.

“A periferia é um berço da cultura popular, e dentro dela a gente descobre vários talentos. Esse era o desejo: ter um retorno para a comunidade. Porque a gente só vai lá, pesquisa e não volta nada pra comunidade”, disse Luciamar.

As quatro primeiras edições presentearam com batucada e cantoria as escolas Professor Pedro Teixeira, no Feitosa, e Deraldo Campos, no Vergel. Além desses lugares, o Centro de Cooperação Dom Bosco, no Clima Bom, e a Casa Para Velhice Luiza de Marillac, no Bebedouro, também se transformaram em palco para o evento.

O Pra Todo Mundo Pisar não se resume somente à apresentação musical do seu grupo organizador. Ela acontece para encerrar as atividades do dia. Entretanto, o foco principal está nas oficinas, que começarão, dessa vez, às 14h, de percussão, com Fagner Dübrown e Sandro Santana, e de Trupé, com Josenildo e Geninho de Assis, filhos do saudoso Mestre Verdelinho.

O Trupé é uma variação do coco de roda na qual quem dança não é apenas dançarino: é preciso fazer, batendo com os pés no chão, o ritmo que acompanha a dança. Então, essa espécie de “sapateado do coco de roda” faz dos dançarinos, ou brincantes, mais que isso: transforma-os em percussionistas. Essa manifestação era uma das marcas registradas de Verdelinho, um dos maiores nomes da cultura popular alagoana em toda a sua história.

Sobre a oportunidade de trabalhar junto dos herdeiros do legado do Mestre, Letícia Sant’Ana, percussionista do grupo Segura o Coco, diz: “é um honra ter conosco os filhos do saudoso Mestre Verdelinho. A contribuição deles com a oficina de Trupé e com as falas sobre a história do Coco e da tradição dessa manifestação, que é nossa, é de extrema importância pra gente firmar essa ligação com a nossa raiz”.

O Segura o Coco se apresenta, dessa vez, com Andréa Laís e Izaías Chico como cantores convidados. O show de Anderson Fidellis e A Cabroeira também animará a noite.