Política

Comissão de Direitos Humanos ouve comando da PM sobre agressão contra estudante

Por Ascom ALE 12/06/2017 19h07
Comissão de Direitos Humanos ouve comando da PM sobre agressão contra estudante
Reunião discutiu agressão praticada por um policial militar contra um estudante dentro da Escola Estadual Campos Teixeira - Foto: Ascom ALE

A Comissão de Direitos Humanos da Casa, presidida pelo deputado Galba Novaes (PMDB), realizou reunião extraordinária na tarde desta segunda-feira, 12, para discutir a agressão praticada por um policial militar contra um estudante dentro da Escola Estadual Campos Teixeira, no último dia 24 de maio. Novaes convocou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Sampaio, para que explicasse quais as providências que estão sendo adotadas e o que motivou aquele tipo de ação por parte do militar, que pertence ao Batalhão Escolar. O fato negativo ganhou destaque nos noticiários nacionais após um vídeo ser divulgado nas redes sociais.

Após a reunião, Galba Novaes informou que convocará os alunos e diretores da escola e solicitará, ao comandante da PM, cópias do boletim de ocorrência da ação policial. Ele também agendou uma nova reunião extraordinária da CDH para o próximo dia 21, às 17 horas, após a sessão ordinária. Durante a reunião, o deputado Ronaldo Medeiros (PMDB) criticou a ação policial. “Foi uma agressão covarde”, disse Medeiros, questionando o comandante da PM sobre o que motivou aquela ação e se é verdadeira a informação de que o militar agressor estava sob efeito de medicamentos controlados. “Fiquei estarrecido com o que vi, mas estou esperando que haja uma versão do outro lado. A escola é um lugar sagrado”, observou Medeiros, dizendo que irá acompanhar o desenrolar do caso.

O coronel Marcos Sampaio informou que todas as providências que o caso requer já estão sendo adotadas e que a corporação não compactua com erros. No entanto, disse não ter conhecimento do que realmente aconteceu, mas que já afastou o policial das ruas e que foi instaurada uma comissão disciplinar para apurar o caso, onde o policial terá ampla defesa, uma vez ser necessário saber o que realmente houve com o policial. “A PM, tão logo tomou conhecimento daquela intervenção policial, determinou a apuração dos fatos através da Corregedoria, afastou o policial até que os fatos sejam apurados e, a partir desse relatório que deve ser concluído em 30 dias, vamos tomar as medidas que a nossa legislação permite”, informou o comandante da PM, se colocando à disposição do Parlamento para quaisquer esclarecimentos.

Assim como Medeiros, o deputado Rodrigo Cunha (PSDB) destacou o papel da Comissão de Direitos da Casa em benefício do povo alagoano e disse que se faz necessária essa apuração paralela pelo Parlamento e não apenas esperar o relatório da sindicância da PM. “Estamos enfrentando uma situação em que o País inteiro olhou para uma escola aqui em Maceió sobre um fato lamentável, onde o policial agrediu um estudante”, disse Cunha, acrescentando que, por esse motivo, solicitou ao presidente da CDH, Galba Novaes, que também fossem ouvidos os alunos e a diretoria da escola e o boletim de ocorrência da ação. “O coronel não conseguiu deixar claro o que aconteceu, não soube passar todo o histórico por isso solicitamos o boletim de ocorrência”, observou Cunha, acrescentando que também requereu que a PM retornasse à escola para realizar uma ação positiva no sentido de melhorar a imagem do Batalhão Escolar e da PM.