Meio ambiente

IMA analisa placas para identificar presença do coral-sol na costa alagoana

Por 7 Segundos com assessoria 04/09/2017 16h04
IMA analisa placas para identificar presença do coral-sol na costa alagoana
O invasor consegue crescer rápido e por isso possui vantagens em relação aos organismos nativos - Foto: Reprodução

Técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) realizou, na manhã dessa segunda-feira (4), a inspeção das duas primeiras placas de recrutamento que irão identificar se há a ocorrência do coral-sol na costa alagoana. A equipe esteve na região do Porto de Maceió, onde as placas haviam sido instaladas, e fizeram a remoção do material que estava submerso desde maio desse ano.

Segundo o coordenador do Gerenciamento Costeiro (Gerco) do IMA/AL, Ricardo César, pela inspeção visual não foi constatada a presença do coral-sol, espécie bioinvasora com grande potencial prejudicial para a vida marinha local.

As placas foram raspadas para que sejam realizadas análise minuciosas do material removido, em microscópio. A estimativa é de que o resultado dessa análise saia em duas semanas.

O coral-sol por ser um espécime bastante encontrada em casco de navios e em plataformas marinhas de extração de petróleo, a equipe do Gerenciamento Costeiro decidiu realizar essa ação na região portuária da capital alagoana. A atuação corresponde a uma das medidas preventivas adotadas para evitar a infestação desse tipo de organismo.

Embora os corais-sol tenham uma bela aparência, com cores vibrantes, eles podem causar grandes prejuízos para o meio ambiente. Isso acontece devido o invasor conseguir crescer de maneira rápida, além de possuir vantagens competitivas em relação aos organismos nativos.

Ações definitivas

Em uma reunião da Comissão Interna para Recursos do Mar (CIRM), onde participaram 17 Gercos dos estados costeiros do Brasil, o Ministério da Ciência e Tecnologia, em parceria com a Petrobras, se comprometeu em criar as diretrizes que irão orientar quanto à prevenção e manejo do coral-sol.

Estão sendo realizados estudos que resultarão em um documento a ser enviado ao setor de Gerenciamento Costeiro do IMA/AL e, também, aos Gercos dos outros 17 estados costeiros e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), para que essas medidas sejam adotadas.

Ricardo César fala que o IMA/AL está aguardando a chegada desse documento para que as medidas definitivas possam ser implementadas no Porto de Maceió.