Polícia

Em audiência, Coronel diz que comando geral da PM vai apurar caso em Matriz do Camaragibe

Principal motivo da sessão foi para esclarecer a ação dos militares no último sábado (09)

Por 7 Segundo Maceió - Esmerino Neto 12/09/2017 19h07
Em audiência, Coronel diz que comando geral da PM vai apurar caso em Matriz do Camaragibe
Coronel Albuquerque falando na sessão na Câmara Municipal de Matriz de Camaragibe - Foto: Esmerino Neto / 7 Segundos

A Câmara de Vereadores do município de Matriz de Camaragibe, Região Norte de Alagoas, recebeu na manhã desta terça-feira (12) o Coronel Albuquerque e o Tenente-Coronel Henrique, responsáveis pela unidade do 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM), com sede em Maragogi, para esclarecer algumas questões de interesse público.

O principal motivo da sessão com os representantes e a população local foi para esclarecer a ação dos militares no último sábado (9), que chamou atenção de toda sociedade e até de outros municípios vizinhos. Segundo os moradores, os militares que compõe a guarnição do Batalhão de Polícia Rodoviário Estadual (BPRv) agiram de forma indevida ao abordar um condutor de uma motocicleta, jogando a viatura contra o motoqueiro deixando-o ferido.

Ainda de acordo com os moradores essa não foi a primeira vez que os militares agiram dessa forma e questionaram o modo como os condutores são autuados.

A população afirmou que tem medo das viaturas do BPRv, conhecidas  como ‘amarelinhas’, por terem a pintura toda amarela, e que os militares não medem esforços para humilhar com palavras e atitudes grosseiras.

O coronel Albuquerque explica algumas situações do que pode ou não pode durante uma abordagem policial. “Eu vim participar dessa reunião para esclarecer que a polícia militar está a disposição para atuar na segurança da população e não causar nenhum tipo de terror a qualquer cidadão que seja. O nosso trabalho é para combater a criminalidade. Há casos isolados e esse tipo de conduta não nos representa”, afirmou.

Coronel Albuquerque também comentou que situações como essas são casos isolados e que devem ser investigadas para identificar quem agiu de forma errada. Para eles, não é possível afirmar quem exatamente errou, pois não existem filmagens. E segundo ele, o mais importante é que essa investigação preliminar do próprio comando geral seja apurada.

“Vamos orientar nossos militares para que esse tipo de situação não ocorra mais e que fatos dessa natureza não ocorram novamente, porque causam prejuízos não só para a segurança pública, como também para a comunidade local. Devemos atuar legalmente de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)”, ressaltou Albuquerque.

Coronel-tenente Henrique comentou sobre a importância dessa reunião com a população e destacou que se sente mais tranquilo em fazer essa parceria junto à população. “Queremos buscar resultados positivos. Questão da segurança não é só serviço da Polícia Militar e sim, responsabilidade de todos. Com esse nosso encontro essas informações vão ser propagadas pelas pessoas como forma de prevenção”, destacou. 

De acordo com um ouvinte que preferiu não se identificar, essa sessão foi muito importante para o esclarecimento de algumas questões. “Foi uma manhã muito interessante para todos que estão aqui com o mesmo intuito que eu, tirar nossas dúvidas de como agir em certas situações que antes não sabíamos e hoje os oficiais esclareceram”, comentou.

O vereador Mário Galdino (PT) ressaltou a importância da imprensa, em um momento como esse, levar informação para os moradores e para a região que deve saber que os militares precisam dar exemplo. “Lamentavelmente esse tipo de abordagem só serve para sujar a imagem da corporação. Portanto, uma corporação feito a Polícia Militar que tem uma hierarquia fundamental para o funcionamento precisa dar exemplo. Eu não estou fazendo cobranças, é uma questão fundamental e importante”.

 A equipe de Reportagem do 7 Segundos questionou ao Coronel Albuquerque sobre as bombas e os tiros de borracha que atingiram Maxwell da Silva de 23 anos.

“Infelizmente, naquela situação, houve um distúrbio civil porque aconteceu uma revolta da população e de uma forma imediata a Polícia Militar tem que atuar de forma a inibir para que a população não venha quebrar as viaturas ou danifique o patrimônio público e que haja também algum dano físico aos policiais. Então, é uma ação legítima e, lógico, se houve algum tipo de excesso, aquela pessoa que foi prejudicada compareça até a corregedoria da Polícia Militar para que sejam tomadas as providências. Mas inicialmente quando se há esse tipo de problema onde várias pessoas partiram pra cima da guarnição, tem que se tomar essa providência no sentido de inibir para que não aconteça um mal maior”, esclareceu o coronel.