Educação

Militantes LGBTQI promovem discussões sobre diversidade

Por Assessoria 01/10/2017 20h08
Militantes LGBTQI promovem discussões sobre diversidade
Debate sobre multiplicidade da sociedade - Foto: Divulgação

Como se relacionar com o desconhecido? Levar esse debate para a população é um desafio proposto por quem é militante e externado na mesa-redonda ‘Como se relacionar com as diversidades?’ que reuniu pessoas de dentro e fora do meio LGBTQI em discussões sobre a multiplicidade da sociedade.

Autor do livro O meu melhor amigo é gay, Dielson Vilela é um pernambucano de pais alagoanos que se desafiou a escrever sobre amizade e sexualidade. “Sou uma pessoa tímida, mas sempre quis escrever um livro. Não falo somente sobre o gay, mas também sobre outras diversidades. Também tem uma pegada de mistério, então é uma leitura bastante plural”, contou.

O estudante de psicologia Cauê Moura, que também é trans-homem, trouxe a contribuição de sua área de estudo, e acredita que além da questão da homossexualidade, existem diversas reflexões que precisam ser feitas. “Quais vidas a sociedade considera importantes? Quem é o outro que não costumamos enxergar?”, questiona.

Natasha Wonderful é uma pernambucana de 33 anos, técnica em enfermagem e presidente da Associação Cultural de Travestis e Transexuais de Alagoas (Acttrans), e desabafa: “A sociedade ainda não nos vê como pessoas, mas como objetos. Nós, que somos da militância, precisamos manter as pessoas próximas de nós. É por isso que precisamos  de espaços como esse, onde possamos mostrar as pessoas quem somos nós de verdade, e não só a imagem distorcida que mostram”.

Os presentes aprovaram a realização do espaço na Bienal 2017. “É fundamental que a Bienal traga essa pauta. Pela programação vi que existem diversos espaços tratando de sexualidade e de gênero. Quando trazemos o debate para espaços fora da militância, deixamos de falar só para iguais. Ao abrirmos para um público que não tem contato, damos as pessoas a oportunidade de se relacionar realmente com a diversidade”, encerra Cauê Assis.