Curiosidades

Alagoana de 112 anos emite a segunda via do RG

Totalmente lúcida, mulher é uma das idosas mais antigas a receber uma segunda via do RG

Por 7 - Segundos - Maceió com Agência Alagoas 27/11/2017 21h09
Alagoana de 112 anos emite a segunda via do RG
Dona Sebastiana Maria da Conceição ultrapassou um século de vida e está a caminho de completar os 113 anos ao lado de seus familiares - Foto: Ascom/POAL

Fazer 100 anos de idade não é para qualquer um, lúcida então, nem se fala. Dona Sebastiana Maria da Conceição ultrapassou um século de vida e está a caminho de completar os 113 anos ao lado de seus familiares. Ao fazer o que seria mais um processo de identificação, o papiloscopista Marcelo Casado, do Instituto de Identificação da Perícia Oficial do Estado de Alagoas se deu conta, admirado, de como a vida nos causa surpresa.

“Minha nossa! Ela tem 112 anos! Incrível! Por mais que a ciência médica explique a longevidade, é surpreendente. Nos dias estressantes de hoje, encontrar pessoas com tanta história de vida”, admirou-se Casado, ao entregar, na manhã desta segunda-feira (27), a segunda via da carteira de identidade à dona Sebastiana, alagoana, nascida em 1905, no município de Satuba, mas que reside atualmente em Maceió.

Em 1940, a população brasileira acima de 60 anos equivalia a 4% do total. Em 2013, esse percentual aumentou para 12% e espera-se o dobro para o ano de 2040, ou seja, 24%. Estudos científicos afirmam que a genética é responsável por 30% dessa longevidade humana; os outros 70% são decorrentes dos hábitos pessoais, junto com os novos tratamentos e medicamentos criados pela biomedicina.

Responsável pela identificação de Dona Sebastiana, o papiloscopista Marcelo Casado lembra que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que mais importante do que aumentar os anos de vida das pessoas é dar vida aos anos vividos. Para ele, atingir ou ultrapassar a marca dos 100 anos é um processo não só de envelhecimento do corpo, mas, também, de vencer a resistência aos altos e baixos da vida e caminhar com a história.

“Por isso, a papiloscopia é vista como a mais humana das perícias, pois, trata, fundamentalmente, da identificação de pessoas. É esse olhar social e filosófico em nossa profissão que nos torna o que somos”, definiu o especialista.