Saúde

Ação de prevenção ao pé diabético atende 150 pessoas na orla de Maceió

Esforço visa combater o avanço da doença, que pode causar sequelas irreversíveis e levar a óbito

Por Agência Alagoas 03/12/2017 17h05
Ação de prevenção ao pé diabético atende 150 pessoas na orla de Maceió
População de Maceió recebeu orientações e esclareceu dúvidas sobre o pé diabético na orla de Ponta Verde - Foto: Thallysson Alves

O Hospital Geral do Estado (HGE) sai mais uma vez na frente e realiza a terceira edição do Dezembro Verde de Prevenção ao Pé Diabético. A ação aconteceu neste domingo (3) na orla de Ponta Verde, em Maceió, onde 150 cidadãos receberam cuidados e orientações das equipes de nutrição, enfermagem, educação física e cirurgia vascular.

Aferição de pressão, teste de glicemia, cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC) e esclarecimentos acerca da saúde do pé foram as principais atividades desempenhadas de forma voluntária pelos profissionais de saúde do maior hospital público de Alagoas. Esse esforço foi amparado e reconhecido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e Endovasc.

“O nosso objetivo é oferecer um ato preventivo e aproximar o nosso serviço de cirurgia vascular da população. O HGE tem feito isso de forma extraordinária, tanto enquanto participante, como enquanto capitão. Essas iniciativas recebem o apoio total da gestão da Sesau, que pretende em 2018 não só continuar, como aprimorar esta e outras ações”, disse o secretário executivo de Ações de Saúde da Sesau, Paulo Teixeira.

Natural de Palmeira dos Índios, o fotógrafo Sebastião Ferreira Lima, de 73 anos, ficou assustado quando seu teste de glicemia revelou a taxa de 315 mg/dL, o normal seria não ultrapassar a marca de 140 mg/dL. “O negócio está pegando, então preciso diminuir a ‘boquinha’ e o consumo de açúcar. Se não fosse esse evento, eu não conheceria essa taxa e amanhã poderia ir ao HGE com uma doença grave e até irreversível”, enfatizou.

Essa situação mais preocupante do avanço do pé diabético já foi vivida pelo motorista Ediberto Gomes da Silva, de 65 anos. Operado após seu hálux esquerdo desenvolver infecção, ele teme precisar amputar o dedo, já que não seguiu as recomendações dadas mediante a alta médica.

“Quando estive internado no HGE, eu fui muito bem atendido. Todo o tempo recebia medicações e outros cuidados dos profissionais. Quando saí, relaxei um pouco. Mas neste evento, o médico me explicou alguns detalhes que ignorei naquela época, porém agora, a partir dessa ação, me sinto melhor entendido. Preciso buscar urgentemente atenção médica para evitar o avanço da doença”, afirmou o motorista.

Para o cirurgião vascular Josué Medeiros, é preciso ficar atendo a dormências e ardores nos pés. “O pé diabético acontece quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que possam levar à amputação do membro. A pessoa com esses sintomas deve procurar atendimento médico, sempre analisar seus pés e, em caso de ferimentos, buscar imediatamente o tratamento”, alertou.

Também vale reforçar que a alimentação é uma importante arma contra a diabetes. “Os alimentos precisam ser mais leves, com menos gorduras, carboidratos e açúcares; os industrializados necessitam ser evitados ao máximo; a água deve ser abundante; os alimentos naturais consumidos em todas as refeições”, recomendou a nutricionista Ana Patrícia Tojal.

Assim como a prática de atividades físicas. “É importante que seja uma rotina, com a execução de caminhadas e esportes; a hidroginástica ou a natação podem ser associadas à musculação, por exemplo, para fortalecer os membros inferiores”, indicou o educador físico, Vagner Lima.

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