Polícia

Crime ambiental: fiscais apreendem o equivalente a dois caminhões de madeira ilegal em Maceió

Por Secom Maceió 22/02/2018 17h05
Crime ambiental: fiscais apreendem o equivalente a dois caminhões de madeira ilegal em Maceió
Após denúncia, fiscais apreendem o equivalente a dois caminhões de madeira ilegal em Maceió - Foto: Assessoria

A vegetação de Mata Atlântica localizada no Conjunto Residencial Maceió I, entregue recentemente no bairro Cidade Universitária, começou a sofrer com a ação humana. Nesta quinta-feira (22), após receberem denúncias anônimas, fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet) flagraram a destruição de aproximadamente um hectare de mata e apreenderam 24 metros cúbicos de madeira retirada ilegalmente, o suficiente para encher dois caminhões do tipo caçamba.

O local é Área de Preservação Permanente (APP) e foi devastado, ao que tudo indica, por moradores da própria comunidade. Genipapeiro, aroeira, dendezeiro, imbaúbas, caboatão, imbiriba e massaranduba foram algumas das vegetações suprimidas dentro da mata, que até pouco tempo estava intacta, mas após a ocupação do novo residencial começou a ser retirada do meio ambiente de forma ilegal e criminosa.

Durante a fiscalização foi possível ver troncos das árvores arrancados ainda no chão, raízes cortadas e muita área sem plantio algum. No meio da degradação, os ficais também encontraram criatório proibido de porcos, construção de barracos e cercas feitas com arame farpado e as madeiras retiradas da mata, todos apreendidos na ação. O material foi levado para a Central de Tratamento de Resíduos (CTR).

Segundo o coordenador da fiscalização ambiental da Sedet, José Soares, a região é ponto de recarga natural do lençol freático e já estava exposta a contaminação do solo com a emissão de poluentes dos animais. “Bem próximo daqui tem um poço artesiano da companhia de água e isso também é um risco para a população dessa comunidade”, explicou.

A Sedet ainda não identificou quem praticou o crime ambiental, mas ficará monitorando a região para evitar novas invasões e destruições do meio ambiente. O secretário de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, Mac Lira conta que a Sedet agiu rápido, ainda no início do desmatamento. “Esperamos que a própria comunidade fique atenta a esses criminosos e denunciem, caso haja nova tentativa de destruição da vegetação”, disse.

Qualquer lesão ao meio ambiente é crime e está previsto na Lei Federal 9.605 de 1998 e na Lei Municipal 4.548 de 1996. “Com o tempo a vegetação se recompõe, mas vamos ficar de olho nessa área para impedir novas intervenções ilegais”, reforçou José Soares.

A Mata Atlântica é de fundamental importância para proteger os mananciais hídricos, regular o clima e a temperatura do solo, além de outros benefícios. A fiscalização da Sedet contou com o apoio da Secretaria de Segurança e Convívio Social (Semscs), da Superintendência de Limpeza Urbana (Slum) e da Polícia Militar (PM).