Justiça

Militar acusado de matar irmãos no Village é ouvido em audiência de instrução

Crime aconteceu em março de 2016; pedreiro que passava no local também morreu

Por 7Segundos 27/03/2018 12h12
Militar acusado de matar irmãos no Village é ouvido em audiência de instrução
Irmãos foram mortos em suposta troca de tiros - Foto: Reprodução/ Internet

O cabo da Polícia Militar Johnerson Simões Marcelino, acusado na morte dos irmãos Josivaldo Ferreira Aleixo e Josenildo Ferreira Aleixo, além do pedreiro Reinaldo da Silva Ferreira, no dia 25 de março de 2016, no conjunto Village Campestre, no Tabuleiro do Martins, parte alta de Maceió, será ouvido durante audiência de instrução, na 9ª Vara Criminal da Capital, nesta terça-feira (27). 

Johnerson Simões Marcelino teve a prisão decretada pelo juiz Geraldo Amorim, em março de 2017, e se encontra recolhido no Presídio Militar. O PM é acusado de homicídio doloso e duplamente qualificado contra os irmãos Josivaldo Ferreira Aleixo e Josenildo Ferreira Aleixo.

Além destes, contra ele há homicídio culposo contra o pedreiro Reinaldo da Silva Ferreira. 

Em fevereiro do ano passo, o Ministério Público Estadual (MPE/AL), por meio da 49ª Promotoria de Justiça da Capital, denunciou o cabo da PM pelos crimes. A ação foi ajuizada pelo promotor de justiça José Antônio Malta Marques. 

De acordo com o MPE/AL, Johnerson juntamente com o soldado Stallaiken Costa Lima, deverá responder por fraude processual, porque os dois implantaram armas e munições entre os pertences das vítimas para incriminá-las, de acordo com o órgão.

A expectativa é que o júri do PM aconteça até o fim do ano.

Relembre o caso

Uma suposta troca de tiros deixou dois irmãos mortos e dois militares feridos no conjunto Village Campestre, em Maceió, na noite do dia 25 de março de 2016, uma sexta-feira. A família dos jovens contesta a versão policial e afirma que as vítimas tinham problemas mentais e que a abordagem dos militares no momento do suposto crime precisa ser investigada.

A Polícia Militar, no entanto, garantiu, na época, que a abordagem foi feita dentro da normalidade e que os irmãos foram mortos porque reagiram às diligências.