Brasil

Petrobras confirma Ivan Monteiro como novo presidente interino

Monteiro, atual diretor financeiro, está a caminho de Brasília para conversar com Temer

Por Folha de S. Paulo 01/06/2018 18h06
Petrobras confirma Ivan Monteiro como novo presidente interino
Monteiro, atual diretor financeiro, está a caminho de Brasília para conversar com Temer - Foto: Reprodução/FolhadeS.Paulo

O conselho de administração da Petrobras indicou o engenheiro Ivan da Silva Monteiro, atual diretor financeiro, para assumir interinamente o cargo de presidente da estatal depois do pedido de demissão de Pedro Parente.

A empresa confirmou a indicação na tarde desta sexta-feira (1º). De acordo com comunicado, Ivan Monteiro acumulará a função de diretor executivo financeiro e de relacionamento com investidores.

O ministro Moreira Franco (Minas e Energia) disse que o titular definitivo deve ser escolhido ainda nesta sexta-feira (1º) pelo presidente Michel Temer. O Planalto estava esperando receber da Petrobras a confirmação do nome interino para definir quem será o presidente permanente da empresa.

A expectativa é que Monteiro possa ser convidado por Temer em encontro nesta noite. 

Monteiro, que está a caminho de Brasília, disse a interlocutores próximos que só aceitará o cargo se o Temer desistir de mexer na política de preços da companhia. 

A Folha apurou que ele estaria resistindo a aceitar o cargo. 

Executivos de fora da empresa chegaram a ser sondados para assumir o cargo. Foram levantados nomes como o de Pedro Zinner, que hoje preside a empresa de energia Eneva, controlada pleo BTG Pactual e pela Cambuhy Investimentos.

Perfil

Monteiro chegou à Petrobras em fevereiro de 2015, como parte da equipe do ex-presidente Aldemir Bendine, preso pela Operação Lava Jato, e foi mantido no cargo por Parente. Veio com Bendine do Banco do Brasil, onde também cuidava da área financeira e é um executivo bem visto pelo mercado.

Extremamente técnico e muito sério, ele é apreciado pelo mercado financeiro, que credita também a ele a recuperação da companhia.

O estopim para a saída de Parente foi uma "intervenção branca" na estatal, definida após a paralisação dos caminhoneiros, que, na prática, reduziu a autonomia da empresa para definir os preços do óleo diesel.