Mundo

Irã pede que Coreia do Norte tenha “precaução” em reunião com EUA

Trump e Kim Jong-un devem se encontrar nesta terça-feira, em Singapura; Irã advertiu sobre "histórico de sabotagem e violação dos compromissos" dos EUA

Por Veja 11/06/2018 17h05
Irã pede que Coreia do Norte tenha “precaução” em reunião com EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder do Irã, Hassan Rouhani - Foto: Jonathan Ernst/Reuters - Iranian Presidency/AFP

O governo do Irã pediu nesta segunda-feira (11) à Coreia do Norte para atuar com “precaução” com os Estados Unidos, na véspera da reunião entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Na entrevista coletiva semanal, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano, Bahram Ghasemi, advertiu aos dirigentes da Coreia do Norte sobre o “histórico de sabotagem e violação dos compromissos internacionais e bilaterais” dos Estados Unidos. “Especialmente desde que Trump assumiu o cargo, Washington sabotou os acordos internacionais e se retirou unilateralmente deles”, disse.

Como exemplo, ele citou a saída dos Estados Unidos, em maio, do acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irã e seis grandes potências para limitar o programa atômico do seu país em troca da suspensão das sanções internacionais.

“Teerã acredita que o governo da Coreia do Norte deve atuar com precaução (…). Somos muito céticos sobre as intenções dos Estados Unidos”, afirmou.

Apesar de se mostrar “pessimista” sobre o encontro, Ghasemi enfatizou que o Irã apoia “a paz e a estabilidade” na Península da Coreia.

As delegações diplomáticas da Coreia do Norte e dos Estados Unidos se reuniram em Singapura nesta segunda-feira, pela última vez, para fechar a agenda da histórica reunião entre os líderes. O encontro está marcado para esta terça-feira (12), às 9h, no horário local (segunda-feira, às 22h, no horário de Brasília).

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que os Estados Unidos estão “preparados” para oferecer à Coreia do Norte garantias de segurança inéditas na história das negociações nucleares entre os dois países. (Com EFE)