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Subtenente do Exército é preso em megaoperação contra milícia no Rio

Ao todo, 42 mandados de prisão serão cumpridos hoje; milicianos obrigavam moradores a adquirir serviços de internet, venda de água e até cestas básicas

Por iG/Último Segundo 02/08/2018 10h10
Subtenente do Exército é preso em megaoperação contra milícia no Rio
Polícia Civil realiza uma megaoperação contra criminosos; um subtenente do Exército foi preso por fazer parte de milícia - Foto: Reprodução/Globo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, na manhã desta quinta-feira (2), uma megaoperação contra uma milícia que atua no Município de Itaguaí. Um dos alvos da operação é o subtenente do Exército Marco Antonio Cosme Sacramento, conhecido como Sub, que acabou preso em Campo Grande, com o apoio das Forças Armadas. 

De acordo com a Polícia Civil, o Sub é um homem forte da quadrilha, mas, no momento de sua prisão, ele alegou ser inocente e não possuir qualquer vínculo com a milícia investigada. Além do dele, mais 41 mandados de prisão serão cumpridos hoje. Também estão previstos 90 mandados de busca e apreensão para esta quinta-feira.

O objetivo da operação é desmantelar um esquema de uma quadrilha comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko. Até as 7h30 de hoje, três pessoas já haviam sido presas. A quadrilha é acusada de extorquir comerciantes e moradores. Segundo o jornal Bom Dia Brasil,  os criminosos obrigavam moradores a adquirir serviços de internet, venda de água e até cestas básicas.

Todas as pessoas que foram detidas estão sendo levadas para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na zona norte da capital fluminense. Algumas armas também foram apreendidas na operação.

Segundo o jornal O Dia , Sub é braço-direito do policial militar Antônio Carlos de Lima, o Sargento Antônio, Toinho, Brow ou Mestre, que é lotado no batalhão de Santa Cruz (27º BPM) e umas da lideranças da milícia de Wellington da Silva Braga, o Ecko.

Ambos, além do ex-soldado da Polícia Militar Carlos Eduardo Benevides Gomes, o Cabo Bené, são alvos da operação, denominada Freedom. Os agentes estiveram na casa de Bené em Paciência, na zona oeste, mas ele não foi encontrado. 

Ainda nas investigações, a polícia descobriu que, além dos serviços obrigados, os criminosos que pertenciam à milícia  também expulsavam os moradores de Itaguaí de determinadas casas, pegavam os imóveis e os alugavam para outras pessoas, com a intenção de lucrar.