Meio ambiente

IMA/AL analisa fardos encontrados em praias da costa alagoana

Os ‘pacotes’ chamaram a atenção da população e são formados por uma espécie de borracha sintética prensada

Por Agência Alagoas 29/10/2018 09h09
IMA/AL analisa fardos encontrados em praias da costa alagoana
Pacotes de origem desconhecidas foram encontrados no litoral alagoano - Foto: Ascom IMA

Mais de 70 pacotes, com cerca de 100 kg cada um, contendo uma espécie de borracha sintética, apareceram em praias da costa alagoana nos últimos dias. O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) fez as primeiras análises para verificar se havia algum risco para a população e recomenda às prefeituras que façam o recolhimento e armazenagem em local apropriado.

No dia 25 os técnicos do IMA/AL e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tiveram o primeiro contato com os ‘pacotes’. Imediatamente perceberam que se tratava de material sintético e não biológico, até então já havia rumores de que poderia ser couro de algum tipo de animal.

Em seguida, no dia (26), os técnicos dos setores de Laboratório e do Gerenciamento Costeiro iniciaram as análises. Segundo o gerente de Laboratório, Manuel Messias, foram recortadas amostras e realizada a queima localizada. “Não se trata de látex e sim de uma borracha sintética, derivada de petróleo. A base é o hidrocarboneto. Aparentemente, parece que era borracha compactada e já pronta para uso”, comentou Messias.

Outro ponto que chamou a atenção é que há indícios que os fardos tenham se dispersado desde o alto mar até a costa. “Há organismo incrustado que são comuns de águas profundas. Isso mostra que esse material está há muito tempo no mar e que, provavelmente, estava muito longe da costa”, comentou Juliano Fritscher, biólogo do IMA/AL.

Há ainda o perigo de impacto, principalmente para pequenas embarcações. O coordenador de Gerenciamento Costeiro, Ricardo César, disse que foi acionada a Capitania dos Portos que, por conseguinte, alertou às marinas e federação de vela e motor sobre possíveis riscos de acidentes.

“Ainda não se sabe qual a origem desses pacotes por causa da grande quantidade e da forma como dispersou, já foi encontrado até no Ceará. Há algumas hipóteses, uma delas é a de que alguma embarcação que fazia o transporte tenha naufragado, mas não temos como afirmar. De todo modo, nós repassamos toda a informação que temos para a Capitânia”, comentou o coordenador.

Ele disse ainda que IMA/AL e Ibama entraram em contato com as prefeituras dos municípios costeiros e solicitaram que as mesmas armazenassem o material, até que saiam o resultados definitivos do laboratório e possa ser dada a destinação correta. A previsão do laboratório é de cerca de sete dias.