Brasil

Polícia de SP investiga se alagoano matou a namorada com gás em resort

Casal morreu por asfixia mecânica provocada por inalação de gás

Por G1 09/01/2019 09h09
Polícia de SP investiga se alagoano matou a namorada com gás em resort
Edson foi achado com o botijão de gás freon, usado em sistemas de refrigeração, ao lado da cama - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Olímpia (SP) trabalha com a possibilidade de feminicídio seguido de suicídio no caso em que um casal foi encontrado morto dentro do Olímpia Park Resort, na tarde do domingo (6). As vítimas foram identificadas como Edson Fernandes Lopes, 24 anos, e Rubia Alves de Oliveira, 22, que teriam se envolvido em uma briga momentos antes da morte.

Edson Fernandes Lopes foi sepultado nesta terça-feira (8), em Maceió. Já Rubia foi enterrada em Guarulhos, São Paulo, onde o casal residia. Segundo o laudo do IML, o casal morreu por asfixia mecânica provocada por inalação de gás.

Edson Fernandes Lopes, de 24 anos, e a namorada dele, Rubia Alves de Oliveira, de 22 anos, estavam prestando serviço terceirizado em uma pista de patinação que funcionava no Olímpia Park Resort.

Segundo o delegado, a polícia investiga o uso do gás. Uma das hipóteses é que o rapaz fez a companheira inalar o produto e depois também ingeriu. Para a polícia, foi um feminicídio seguido de suicídio.

“Eles passaram a noite bebendo, de manhã teve uma pequena discussão do casal. Aparentemente, pela posição dos corpos, ele deu o gás para ela cheirar enquanto ela dormia. Em seguida, ele pegou a mangueira do botijão de gás e inalou até morrer”, contou o delegado.

Edson foi achado com o botijão de gás freon, usado em sistemas de refrigeração, ao lado da cama – a mangueira acoplada no equipamento estava próximo à boca dele. O corpo de Rubia foi encontrado sem sinais de lesões de defesa.

Um colega do casal prestou depoimento como testemunha e foi quem encontrou as vítimas mortas. De acordo com a polícia, ele disse que já tinha visto Edson brincando de inalar o gás encontrado ao lado dos corpos.

“Esse gás era próprio do trabalho dele, ele havia feito um curso específico sobre refrigeração e sabia do risco da inalação do gás. Anteriormente ele já havia até inalado o gás na presença de outras pessoas”, afirmou o delegado Ricardo Afonso Rodrigues.

Em nota, o Olímpia Park Resort afirma que lamenta o ocorrido e que está oferecendo apoio aos familiares e acompanhando a apuração do caso.