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Anticristo usará internet para controlar humanidade, diz líder religioso russo

Patriarca Kirill, líder da Igreja Ortodoxa da Rússia, faz alerta para uso de smartphones em entrevista à TV

Por BBC Brasil 09/01/2019 16h04
Anticristo usará internet para controlar humanidade, diz líder religioso russo
'O Anticristo é a pessoa que estará à frente da internet, controlando toda a humanidade', disse Kirill - Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A dependência de smartphones e da tecnologia moderna pode trazer o Anticristo à Terra, alertou o patriarca Kirill, líder da Igreja Ortodoxa Russa.

Nas redes sociais, muitos usuários reagiram à declaração do religioso com humor e ceticismo, enquanto outros acusaram a Igreja de "servir ao governo".

Em entrevista à rede de televisão estatal russa, Kirill disse que quem usa smartphone deve ter cuidado ao utilizar a "internet móvel" porque representa "uma oportunidade de ganhar controle global sobre a raça humana".

"O Anticristo é a pessoa que estará à frente da internet, controlando toda a humanidade", afirmou.

"Toda vez que você usa seu gadget (dispositivos como celulares, tablets e laptops), quer você goste ou não, quer você habilite ou não a localização, alguém pode descobrir exatamente onde você está, saber exatamente quais são seus interesses e do que você tem medo", disse o religioso ao canal Rossiya 1.

"Mais dia, menos dia os dispositivos e a tecnologia não vão apenas fornecer acesso a todas as informações, mas também vão permitir o uso dessas informações."

"Você imagina o poder que estará concentrado nas mãos daqueles que ganham conhecimento sobre o que está acontecendo no mundo?"

"Esse controle de um ponto é um presságio da vinda do Anticristo".

Kirill afirmou que a sua Igreja não é contra o "progresso tecnológico", mas contra "o desenvolvimento de um sistema que visa controlar a identidade de uma pessoa".

Nas redes sociais, no entanto, nem todos os usuários estavam convencidos.

"A Igreja não é contra a ciência e o progresso tecnológico, mas está preocupada com a liberdade do indivíduo. Aham, claro", brincou um usuário do Twitter.