Polícia

PM que atirou em flanelinha é preso em operação contra organização criminosa

Na época o soldado alegou que o funcionário da OAB estava com uma faca durante a abordagem

Por 7Segundos, com assessoria 24/01/2019 10h10
PM que atirou em flanelinha é preso em operação contra organização criminosa
Militares abordaram funcionário da OAB. - Foto: Reprodução/Internet

Durante a Operação Expurgo, desencadeada, na manhã desta quinta-feira (24), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Núcleo de Gestão de Informação (NGI) - ambas unidades pertencentes ao Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL), em parceria com a Polícia Militar, o soldado Cyro da Vera Cruz Neto, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) foi preso.

O PM é o mesmo que em 4 de junho do ano passado, atirou contra a perna de um flanelinha em frente ao Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro.

De acordo com os levantamentos do Gaeco, Cyro da Vera Cruz participava das ações criminosas da organização presa esta manhã (24). Ele é acusado de encobrir os ilícitos praticados pelos dois tenentes, Tiago da Silva Duarte e Wellington Aureliano da Silva.

O caso

No dia 04 de junho de 2018, o militar atirou na perna de José Geovânio da Graça durante abordagem na frente do Fórum da Capital.

Cyro da Vera Cruz alegou que o flanelinha, que também era funcionário do setor de serviços gerias na OAB, teria uma faca na cintura e reagiu a abordagem.

Toda a confusão foi registrada por motoristas que passavam no local.

À época, a Assessoria de Comunicação PM-AL informou que os policiais reagiram com um tiro para conter o funcionário, que os agrediu com tapas e murros. Informou ainda que o comando do BPTran realizou os procedimentos legais.

A vítima foi socorrida e sobreviveu ao disparo. 

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) emitiu uma nota afirmando que o funcionário baleado não estava armado, e tentou se afastar da brutal abordagem dos agente do BPTran. E enfatizou que "atitudes arbitrárias não podem manchar o valor de toda a corporação, no entanto, precisam ser repudiadas e combatidas".

Assista o momento da abordagem: