Polícia

Ifal Maceió solicita apoio da PM para evitar trote violento no entorno do campus

Medida foi tomada após 'mascarados' ameaçarem calouros do ensino médio

Por 7Segundos 12/02/2019 12h12
Ifal Maceió solicita apoio da PM para evitar trote violento no entorno do campus
Instituto Federal de Alagoas (Ifal Maceió) - Foto: Ifal

A diretoria do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Maceió, solicitou apoio do Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc) para acompanhar a recepção da calourada 2019 nos dias 13, 14 e 15 deste mês. A medida foi tomada em função das ameaças que a instituição de ensino vem sofrendo por parte de alunos veteranos, que teriam afirmado que aplicariam trotes violentos aos novatos.

"Reiteramos nosso pedido de envio de guarnições do Batalhão Escolar para garantir a recepção dos nossos novos alunos, menores de idade, uma vez que não podemos ou temos condições de protegê-los. Apesar de termos portaria que pune calouradas (trote) e normativos que tentam impedir sua prática dentro das instalações do Campus, além de câmeras em áreas abertas, as ameaças já chegaram às ruas no entorno do campus Maceió", traz trecho do ofício assinado pela diretora do Ifal, Jeane Melo Augustinho, e encaminhado à 2ª Seção do Estado Maior Geral (EMG), nesta segunda-feira (11).

"Em face do exposto, solicitamos o envio de guarnições para nos ajudar a coibir e inibir a prática violenta de alguns alunos que não querem negociar outras formas de recepcionar os alunos novatos", finaliza o documento.

"Sangue do Diabo"

No ano passado, duas alunas do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) do campus Maceió foram feridas por veteranos por uma mistura conhecida como “sangue de diabo” e precisaram de atendimento médico. O fato aconteceu durante um trote em uma das salas de aula do bloco de Química  da Institutição.

Ao tomar ciência dos fatos, a gestão do Ifal enviou pessoal para monitorar o pátio do Instituto, atendeu e acompanhou as alunas, que não tiveram os nomes divulgados, no setor médico. Os pais foram comunicados. Há suspeitas que na substância lançada na parte superior do corpo das vítimas tenha se adicionado amônia.