Política

Sessão da Câmara no Pinheiro teve comoção e cobrança dos moradores

Líder religioso sugeriu invasão da sede da Prefeitura de Maceió para chamar a atenção

Por Marcos Filipe Sousa 28/02/2019 16h04
Sessão da Câmara no Pinheiro teve comoção e cobrança dos moradores
Igreja foi sede da sessão da Câmara de Vereadores desta quinta (28) - Foto: Reprodução/YouTube

A Igreja do Menino Jesus de Praga no bairro do Pinheiro, em Maceió, sediou na tarde desta quinta-feira (28) uma sessão da Câmara de Vereadores, com o objetivo de ouvir moradores e empresários da região. O encontro contou com comoção popular e cobrança de mais transparência da Prefeitura de Maceió.

Geraldo Vasconcelos do “Movimento SOS Pinheiro” foi o primeiro a falar e cobrou uma restruturação das Defesas Civis Estadual e Municipal. “Não foram cumpridas as recomendações da CPRM [Serviço Geológico do Brasil]”, colocou.

O pastor da Igreja Batista do Pinheiro, Welligton Santos, foi mais enfático no discurso. “Os senhores vereadores não estão aqui para trazer respostas, até porque não são geólogos. Estão aqui para fazer algo fundamental e ouvir o povo, porque os senhores têm o poder de criar leis e pressionar o Executivo”.

E continuou: “Alguns políticos, secretários e Prefeito, deixem de achar que é coisa de quatro ou cinco pessoas que não tem o que fazer. É a hora de dizer o que está engasgado na garganta. Ocupemos a Prefeitura pós carnaval, exigindo a presença dele [prefeito]”.

Alexandre Sampaio, da associação de Empreendedores do Pinheiro, informou que no bairro existem 2.700 empresas que geram uma economia de R$ 1 bilhão ao ano. “São empresas que correm o risco de fechar, sair, desempregar e deixar de sustentar famílias. São 39 mil pessoas empregadas no bairro”.

Eduardo Tavares, morador do bairro e representante da OAB na sessão, relatou o medo que teve no tremor do ano passado. “Saí às pressas com meu filho de um ano e vi que as pessoas não estão preparadas para uma possível catástrofe”.

Outra colocação do advogado foi em relação ao simulado. “Espero um novo plano de contingência e que oriente realmente as pessoas e não apenas direcione para qual lugar devemos ir”.