Maceió

Entenda como foram os estudos para finalização do laudo sobre o Pinheiro

Nesta terça (30) se encerra o prazo para divulgação dos estudos do Serviço Geológico do Brasil

Por 7Segundos 29/04/2019 16h04
Entenda como foram os estudos para finalização do laudo sobre o Pinheiro
Estudos realizados ainda no mês de junho do ano passado - Foto: Divulgação

Está prevista para esta terça-feira (30) a divulgação pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) do laudo preliminar sobre o afundamento do solo e rachaduras no bairro do Pinheiro, em Maceió. Foram nove meses de estudos e espera dos moradores em terem uma satisfação definitiva sobre o que está acontecendo.

Em Agosto do ano passado, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) encaminhou à Prefeitura de Maceió o relatório técnico elaborado que indicava a necessidade de levantamentos mais aprofundados, com sugestões de estudos detalhados de geologia, geofísica e hidrogeológia. 

O documento trouxe informações técnicas de acordo com o levantamento realizado entre os dias 19 e 25 de junho, período em que uma equipe da CPRM coletou evidências nas vias públicas e edificações, levando em consideração também o relato de moradores.

Os levantamentos realizados em campo e a integração dos dados permitiram a caracterização de três graus de intensidade das fissuras, considerando a quantidade, a abertura e a persistência nos locais mapeados. O relatório enfatiza que ainda não é possível identificar e caracterizar o processo causador do fenômeno, por isso, a sugestão de novos estudos.

O documento esclarece também que, conforme depoimentos colhidos dos moradores, a existência dos indícios de instabilidade é muito anterior ao abalo sísmico ocorrido no dia 3 de março deste ano. Nesse sentido, há o registro de ocorrência de fissuras em um período entre cinco e dez anos.

No mês de janeiro deste ano o Serviço Geológico do Brasil voltou a Maceió para uma nova etapa do trabalho, que consistiu na batimetria sísmica do Complexo Lagunar.

A batimetria sísmica é um método de estudo para definir o relevo e estruturas geológicas/descontinuidades no fundo das lagoas Mundaú e Manguaba em busca de sinais de subsidências ou que indiquem alterações morfológicas anormais. 

Eles também estiveram nas ruas do bairro do Pinheiro e arredores para finalizar as primeiras etapas dos testes de batimetria, eletrorresistividade, sondagem geotécnica e instalação das seis estações da Rede Sismográfica Brasileira.

Na semana passada o Serviço Geológico do Brasil informou que mais de 50 pesquisadores estavam trabalhando para a finalização do relatório que todos aguardam para amanhã.