Polícia

Sindpol repudia homenagem do TJ a ex-reeducando que participou da morte de policial

Para o Sindpol, homenagem externa desrespeito às instituições de Segurança Pública

Por Redação, com assessoria 30/04/2019 11h11
Sindpol repudia homenagem do TJ a ex-reeducando que participou da morte de policial
Policial civil Anderson Lima da Silva foi morto durante confronto com criminosos - Foto: Cortesia

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) repudia a homenagem ao ex-reeducando Cícero Alves Júnior, que participou do assalto a banco, resultando na morte do policial civil Anderson Lima da Silva, então chefe do grupamento Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre) em 2009.

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) fará a homenagem ao ex-reeducando por ele ter recebido o certificado de conclusão do curso de Administração, enquanto ainda estava preso no Núcleo Ressocializador da Capital.

Para a diretoria do Sindpol, a homenagem externa a toda a sociedade um sentimento de desprezo e de desrespeito às instituições de Segurança Pública do Estado de Alagoas. "Uma homenagem para uma pessoa que participou de assalto a banco, que resultou na morte de dois seres humanos - o policial civil Anderson Lima e o segurança Alessandro Pereira da Silva - é lamentável para as viúvas, filhos e familiares das duas vítimas verem a repercussão na mídia de uma homenagem a ser feita de uma pessoa que cometeu um crime contra a própria sociedade, pois o policial tem como função proteger os alagoanos e a sua morte representa um sentimento de fracasso por parte da segurança pública", informou o sindicato.

"É lamentável a falta de motivação por parte do Governo do Estado perante às forças de Segurança Pública. O Sindpol está travando uma batalha com a Alagoas Previdência por ter reduzido em 40% a pensão da viúva do policial civil Anderson Lima e agora a notícia de que um dos envolvidos na morte do policial civil será homenageado.Essa homenagem deixa triste e desmotiva todos os agentes da Segurança Pública, como os agentes penitenciários, policiais militares, guardas municipais, policiais federais e policiais rodoviários federais", complementou.

O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, vê a homenagem como algo absurdo que a categoria dos policiais civis é obrigada a vivenciar. “Uma pessoa, que ceifou a vida de um colega de profissão e deixou uma ferida aberta nos corações de todos os policiais civis, hoje será homenageada”.