Política

Eleição para conselheiro tutelar vira bomba relógio para vereadores

Tudo gira entorno da obrigatoriedade ou não do ensino superior completo para o cargo

Por Marcos Filipe Sousa 02/05/2019 16h04
Eleição para conselheiro tutelar vira bomba relógio para vereadores
Sessão na Câmara de Maceió - Foto: Assessoria

A Câmara de Maceió está com um bomba em suas mãos, a eleição para Conselheiros Tutelares da capital. Foram quase duas horas de debate sobre o assunto na sessão da Casa de Mário Guimarães na tarde desta quinta-feira (02).

Tudo começou ainda na semana passada com a publicação do edital para as eleições deste ano que seguiu a lei vigente, onde para concorrer e exercer a função era preciso o ensino superior completo. O problema é que na mesma semana a Câmara aprovou uma nova legislação exigindo apenas o nível médio, esperando apenas a sanção ou veto do prefeito Rui Palmeira.

Antes do feriado, as discussões já tomavam conta do parlamento, mas hoje pré-candidatos foram à Câmara pra conversar sobre os vereadores sobre o assunto.

Chico Filho pediu que a presidência da Casa acionasse a Vara da Infância e Adolescência para debater o assunto. "Temos que trazer pessoas na área para esse tema".

Já Fátima Santiago denunciou que a situação está sendo provocada para beneficiar determinado grupo. "Sabemos que na eleição passada, os lugares de votoação foram escolhidos para que candidatos tivesse suas vitórias garantidas".

Porém outro grupo de vereadores mudou o foco, informando que o problema não estava somente na lei, mas no acumulo de projetos sobre o mesmo assunto na Câmara. "O que me preocupa é que tiveram quatro anos para fazer essa mudança e tentou mudar de última hora", disse Luciano Marinho.

Kelmann Vieira, atual presidente da Casa, recordou aos colegas de parlamento que a emenda que exigiu o nível superior foi da legislação passada. "O Conselho tem autonomia, de acordo com a lei vigente, para publicar o edital".

Galba Neto, como membro da Comissão de Constituição e Justiça, pediu que aos demais membros que se reunissem para modificar o metódo de ordem para votação de projetos de urgência para que não aconteça o mesmo problema.

Enquanto isso, a polêmica continua em discussão entre os os candidatos, o Legislativo e a Prefeitura.