MPF pede suspensão de decreto de armas de Bolsonaro
Procuradores afirmam que decreto desrespeita normas previstas no Estatuto do Desarmamento

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília ajuizou na Justiça uma ação em que pede a suspensão imediata e integral do decreto do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizou as regras para o porte de armas no país.
Na ação, divulgada nesta quarta-feira, os procuradores afirmam que o decreto da semana passada extrapola o poder de regulamentação privativo do Executivo, desrespeita normas previstas no Estatuto do Desarmamento e "coloca em risco a segurança pública de todos os brasileiros".
O MPF pede à Justiça a concessão de uma liminar para suspender os efeitos do decreto. Um dos argumentos é que a comercialização de armas vai aumentar em decorrência do decreto e impactará, desde já e por décadas, o número de armas em circulação no país.
Na ação, os procuradores citam uma série de mudanças com o decreto que contraria a legislação.
Entre os questionamentos estão o fato de o porte de armas vale para qualquer pessoa em território nacional, não apenas às elencadas no Estatuto do Desarmamento; a dispensa para algumas pessoas do dever legal de demonstrar a efetiva necessidade do porte em razão de atividade profissional de risco ou de ameaça à integridade física; a permissão do uso de armas que antes eram de uso restrito; e a violação do Estatuto da Criança e do Adolescente ao autorizar crianças e jovens a praticar tiro esportivo, condicionando apenas à autorização dos pais.
"É publica e notória a intenção do chefe do Executivo, desde sua campanha eleitoral para a Presidência da República, de alterar a política nacional de armas. No entanto, o modo escolhido para fazê-lo é impróprio e está em cabal desacordo com a ordem democrática. Logo, não pode ser tolerado e tampouco aceito pelas instituições responsáveis pela manutenção da ordem jurídica do País", diz a ação do MPF.
O decreto de armas tem sido alvo de críticas e ressalvas de parlamentares e da área técnica da Câmara e do Senado -- que já apontou ilegalidades na norma -- e questionado judicialmente em outras frentes, como o Supremo Tribunal Federal.
Veja também
Últimas notícias

Alfredo Gaspar reage a declarações e chama Fontenelle de 'subcelebridade'

'Bolsonaro tentou sabotar medidas para conter covid-19', diz relatório

Cárcere privado em Arapiraca: crime tem ligação com troca de tiros em Maceió

Bruce Willis é expulso de farmácia por não usar a máscara

Música 'Bum Bum Tam Tam', de MC Fioti, volta às paradas e vira o hino da vacina

Mais quatro novos concursos estaduais devem ser anunciados na próxima semana
Vídeos e noticias mais lidas

Banhista encontra garrafa pet asiática na praia do Miaí, Litoral Sul de Alagoas

Ingratidão: Fabiana Pessoa inaugura praça e não convida deputado que enviou recursos
![[Vídeo] Filho de ex-prefeita apela à Justiça por remédio de alto custo](http://img.7segundos.com.br/X6WsVS9jnRcJ0cKIaa6fRKrGLb0=/300x340/smart/s3.7segundos.com.br/uploads/imagens/whatsapp-image-2020-12-21-at-172914.jpeg)
[Vídeo] Filho de ex-prefeita apela à Justiça por remédio de alto custo
![[Vídeo]Dois jovens são executados no Bosque das Arapiraca neste domingo](http://img.7segundos.com.br/xJVHoxUvNx7XnAkjvnEWfe6NrEY=/300x340/smart/s3.7segundos.com.br/uploads/imagens/vitimas.jpg)
[Vídeo]Dois jovens são executados no Bosque das Arapiraca neste domingo
