Comportamento

Comunidade LGBTI conquista espaço no cenário cultural da capital

Nos últimos dez anos a baladas e eventos são protagonizados pelo público LGBTI

Por Marcos Filipe Sousa 28/06/2019 16h04
Comunidade LGBTI conquista espaço no cenário cultural da capital
Maju e Danny conquistaram o cenário musical local - Foto: Reprodução/Facebook

Os 50 anos da Revolta de Stonewall, na cidade americana de Nova York, está sendo celebrado nesta sexta-feira (28) junto com o Dia Internacional do Orgulho LGBTQI+ em todo o mundo, e diversos eventos estão debatendo a importância desse marco para os direitos civis.

Cansados das abordagens violentas da polícia, gays, lésbicas e transsexuais revolveram dizer um basta e entraram em confronto que durou mais três dias e ganhou o apoio da população, levando um ano depois a primeira Parada LGBT da história.

Em Maceió, gays, lésbicas e transsexuais sempre tiveram lugares específicos de convivência; entre inaugurações e fechamentos, bares e boates eram os guetos onde todos poderia conviver sem medo de atos violentos ou alvo de preconceito.

Nos últimos dez anos, uma nova geração começou a colher os frutos das gerações anteriores e iniciaram a ocupação de novos espaços ditos como "não gays" com festas, eventos culturais, mostrando a harmônica convivência entre LGBTs e heterossexuais, apontando que a orientação sexual é um mínimo detalhe.

Hoje o cenário cultural da capital é movimentado com esses grupos que promovem semanalmente festas e shows em diversos lugares.

No campo musical, Maju Shanni e Danny Bond são os nomes que conquistaram o cenário músical local e começam a chamar a atenção nacionalmente. Danny já foi convidada de Pabllo Vittar e já teve um trecho de sua música postada no Instagram do Dj e produtor internacional, Diplo.

Números tristes

Um levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB) revelou que Alagoas está entre os 5 estados com mais mortes violentas de pessoas LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) em 2018. Foram 20 assassinatos ou suicídios, em números absolutos.

Entre as vítimas, as pessoas mais vulneráveis do público LGBT+ são as transexuais e travestis, que têm 17 vezes mais chances de serem assassinadas. Um dos casos que entrou nesta estatística é o caso de Pamela Tabete, morta a pauladas na zona rural de Craíbas.