Brasil

Escola Sem Partido suspende atividades alegando ‘falta de apoio’

Anúncio foi feito no Facebook

Por Jovem Pan 18/07/2019 21h09
Escola Sem Partido suspende atividades alegando ‘falta de apoio’
Escola sem Partido - Foto: Reprodução/Uol

O Escola Sem Partido, organização voltada a “dar visibilidade ao problema da doutrinação e da propaganda ideológica, política e partidária nas escolas”, anunciou nesta semana que pretende encerrar as atividades do movimento.

“Por absoluta falta de apoio, suspenderemos nossas atividades neste perfil a partir de 1° de agosto. Daí pra frente, denúncias, pedidos de socorro e orientação deverão ser dirigidos ao MEC, secretarias de educação, Ministério Público e políticos que se elegeram com a bandeira do ESP”, publicou o perfil do grupo no Facebook.

No mesmo perfil foi compartilhado um depoimento em que o fundador do movimento, Miguel Nagib, detalhou à “Gazeta do Povo” os motivos pelos quais resolveu encerrar as atividades. Segundo ele, “o ESP manteve acesa a chama da luta contra o uso das escolas e universidades para fins políticos” por 10 anos e “se tornou a principal referência sobre o assunto no Brasil”. “E tudo isso sem apoio de ninguém”, frisou.

“Se somarmos todas as doações em dinheiro e material (como camisetas, por exemplo) recebidas pelo ESP nos últimos 15 anos, o valor não chega a R$ 10 mil. Como se vê, lutamos com extrema dificuldade (…). Diante disso, é claro que ficamos esperançosos quando Bolsonarofoi eleito com a promessa de combater a ideologia de gênero e implantar o Escola Sem Partido”, disse ainda o post.

“De lá pra cá, todavia, Bolsonaro não tocou mais no assunto. Desde o início do governo de transição, não me lembro de tê-lo ouvido falar em Escola Sem Partido. Por alguma razão, o tema sumiu do radar do Presidente”, lamentou em seguida.

“Tudo isso é muito frustrante para nós (…). Sem o apoio de Bolsonaro ? não me refiro ao governo, mas à liderança política do Presidente ?, o Escola sem Partido dificilmente conseguirá avançar. Em resumo, uma causa tão importante, com adversários tão poderosos, não pode ser defendida da forma como estamos fazendo”, concluiu.