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Professores de jornalismo da Ufal repudiam demissões na TV Pajuçara

Demissões aconteceram nesta segunda e terça-feira (06)

Por 7Segundos 06/08/2019 12h12
Professores de jornalismo da Ufal repudiam demissões na TV Pajuçara
Universidade Federal de Alagoas (Ufal) - Foto: Assessoria

O corpo docente do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) emitiu, na manhã desta terça-feira (06), uma nota de repúdio e de solidariedade aos jornalistas demitidos pelo Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCom).

Os jornalistas demitidos estão entre os que aderiram a greve no mês de junho - que combateu a redução salarial proposta pelas três maiores empresas de comunicação do Estado.

Vale lembrar que as Organizações Arnon de Mello (OAM) chegaram a demitir profissionais alguns dias após o retorno da greve, mas uma decisão da Justiça do Trabalho fez com que os profissionais fossem readmitidos. 

Confira a nota na íntegra:

Os professores do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas, abaixo assinados, vêm a público manifestar solidariedade aos jornalistas demitidos pelo Pajuçara Sistema de Comunicação - PSCom.

As demissões aconteceram ontem e hoje, 05 e 06 de agosto de 2019, pouco mais de um mês após o encerramento da greve dos jornalistas do estado de Alagoas, motivada pela proposta das empresas de comunicação de reduzir o piso salarial da categoria.

O PSCom se junta, dessa maneira, à Organização Arnon de Mello, perseguindo os profissionais que se opuseram à perda de suas garantias trabalhistas e  à retirada de direitos. Nesse sentido, repudiamos veementemente as demissões desses profissionais.

Vale lembrar que o jornalismo brasileiro atravessa tempos sombrios e que os profissionais de imprensa, juntamente com os professores do ensino público, foram escolhidos como inimigos do país pelo governo autoritário e truculento, que ora ocupa o Palácio do Planalto.

Não bastassem as demissões, o PSCom anuncia o fim de seu telejornal diário, Pajuçara Noite, privando a sociedade alagoana de relevante e reconhecida produção jornalística, reduzindo ainda mais a diversidade de informações na TV alagoana.

As demissões em massa compreendem, assim, mecanismo extremamente perverso não só contra os profissionais que perderam seus postos de trabalho, como também contra o exercício qualificado e amplo do jornalismo, elemento fundamental na preservação dos direitos humanos e da democracia.


Maceió, 06 de agosto de 2019.

JÚLIO ARANTES AZEVEDO
LÍDIA MARIA MARINHO DA PUREZA RAMIRES
JANAYNA DA SILVA ÁVILA
CARLOS ALBERTO SARMENTO CAVALCANTI DE GUSMÃO
RONALDO BISPO DOS SANTOS
MAGNÓLIA REJANE ANDRADE DOS SANTOS
MÉRCIA SYLVIANNE RODRIGUES PIMENTEL
RUY MATOS E FERREIRA
RICARDO COELHO DE BARROS