Meio ambiente

Reunião discute novidade da Ufal sobre origem de óleo nas praias do NE

Imagem de satélite mostrou um vazamento abaixo da superfície do mar

Por Redação, com assessoria 30/10/2019 11h11
Reunião discute novidade da Ufal sobre origem de óleo nas praias do NE
Imagem de satélite mostra mancha de óleo a 54 km da costa da Bahia - Foto: Lapis/Ufal

Uma reunião do Grupo Técnico de Acompanhamento (GTA) irá discutir, nesta quarta-feira (30), a novidade divulgada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), sobre a possível origem do vazamento de óleo no litoral do Nordeste. O encontro será na Capitania dos Portos, no bairro do Jaraguá, em Maceió.

A partir de satélites, o Lapis detectou na última segunda-feira (28) um padrão característico de manchas de óleo no oceano que pode explicar a origem da poluição nas praias. De acordo com a Ufal, a imagem captada é padrão característico de manchas de óleo no oceano, em formato de meia lua, com 55 km de extensão e 6 km de largura, distante 54 km da costa da Bahia, nas proximidades dos municípios de Itamaraju e Prado.

“Encontramos uma assinatura espacial diferenciada. Ela mostra que a origem do vazamento pode estar ocorrendo abaixo da superfície do mar. Com isso, levantamos a hipótese de que a poluição pode ter sido causada por um grande vazamento em minas de petróleo ou, pela sua localização, pode ter ocorrido até mesmo na região do Pré-Sal”, alerta o pesquisador Humberto Barbosa.

O Lapis também observou, a partir de imagens retroativas de satélites, manchas de petróleo no Sudeste do Brasil, precisamente esse tipo de poluição ocorrendo, em menor volume, próximo à costa do Espírito Santo. Porém, o padrão localizado no Espírito Santo é diferente daquele enorme vazamento localizado, nas proximidades do litoral da Bahia.

Na terça-feira (29), o Laboratório comunicou à Comissão do Senado, responsável pelo acompanhamento da poluição por óleo no Nordeste, a detecção realizada  a partir de imagens de satélites. As informações contribuirão nas investigações sobre o incidente.

Segundo o último relatório do IMA, divulgado ontem, o total de material coletado nos locais afetados pelas manchas de óleo passa de 1.600 toneladas, entre óleo e areia contaminada.

Sobre o GTA

O Grupo Técnico de Acompanhamento (GTA) é formado por representantes dos órgãos estaduais – Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh); federais – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); Marinha – Capitania dos Portos; e Exército.