Política

Cabo Bebeto defende Eduardo Bolsonaro e é criticado por colegas na ALE

Deputados estaduais não concordaram com apoio as declarações sobre o AI-5

Por Marcos Filipe Sousa 31/10/2019 16h04
Cabo Bebeto defende Eduardo Bolsonaro e é criticado por colegas na ALE
Cabo Bebeto (PSL) - Foto: Assessoria

O apoio do deputado estadual Cabo Bebeto (PSL) às declarações de Eduardo Bolsonaro não caiu muito bem na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) na tarde desta quinta-feira (31). O parlamentar acabou sendo criticado pelos demais colegas.

O assunto iniciou com a declaração de Davi Maia (Democratas) que criticou a atitude do filho de presidente Jair Bolsonaro: “Esta semana defendi o presidente em relação à matéria publicada na Rede Globo, mas a declaração de Eduardo Bolsonaro faz a democracia se sentir ameaça. Acredito no desenvolvimento do país, mas infelizmente a família desse presidente atrapalha demais, e que isso sirva de lição para ele calar a boca”.

Cabo Bebeto reconheceu que ainda não havia visto a declaração de Eduardo, mas que os deputados alagoanos entendessem o que a família Bolsonaro estaria vivendo. “É uma reação de uma sequência de situações levianas” e depois completou: “A pessoa vai ficar com cara de besta? Se a reação é constitucional ou não, alguma coisa deve ser feita”.

A frase causou uma reação de Cibelle Moura (PSDB). “Tenho que me posicionar contraria às suas declarações. Eles podem sim tomar várias medidas, mas desde que sejam constitucionais e que respeitem os Poderes e a democracia”.

A declaração

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, afirmou, em entrevista divulgada nesta quinta-feira (31/10), que o Brasil pode voltar a ter um AI-5, ato institucional determinado durante a ditadura militar que dava plenos poderes ao então presidente Artur da Costa e Silva.

"Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", afirmou o parlamentar, em entrevista à jornalista Leda Nagle, divulgada pelo YouTube.